Revista Economia n. 13.pmd - Faap
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para que o Brasil se tornasse alvo de interesse do grande capital internacional.<br />
Fato esse corroborado pelo fato de o Brasil ter sido, nos anos 90, o segundo<br />
maior absorvedor de IED entre os BRICs. Especialmente após a adoção do<br />
Plano Real, o fluxo de IED para o Brasil passou a crescer de forma significativa,<br />
com a abertura e crescimento do PIB. Segundo Britto (2002), a combinação da<br />
abertura, com estabilização monetária e uma maior atração de investimentos,<br />
explica tal fato. De acordo com Laplane e Sarti (1999), o IED é a forma de<br />
investimento que mais cresce, superando a absorção de investimento de portfólio<br />
em 1996 e em 1997.<br />
A distribuição setorial de IED durante 1996 a 2000 é caracterizada pela<br />
grande atração do setor de serviços, com destaque para as áreas de serviços<br />
prestados às empresas, intermediação financeira e energia elétrica e gás,<br />
responsáveis pela atração de grande porcentagem de IED no período (Ver tabela<br />
1).<br />
Tabela abela 1 1 – – – Atração Atração de de IED IED no no setor setor de de ser serviços ser viços (Brasil) (Brasil)<br />
(Brasil)<br />
Fonte: Elaboração própria a partir de Laplane e Sarti (1999)<br />
Deve-se destacar que o setor industrial foi o segundo maior receptor de<br />
IED; porém, se comparado com o setor de serviços, sua participação não chega<br />
a representar nem 25% em relação à atração de IED deste setor. A participação<br />
da agricultura, pecuária e extração mineral no total é mínima.<br />
A relação entre as privatizações e IED apresenta-se de forma significativa,<br />
como é possível observar no gráfico 4. Segundo Laplane e Sarti (1999), a atração<br />
de IED para as privatizações foi decisiva para o crescimento do fluxo no país,<br />
destacando a tendência dos países desenvolvidos na forma de absorção de IED<br />
em termos de fusões e aquisições.<br />
A lógica da concorrência sistêmica: uma avaliação a partir dos BRICs, Flávia Carrasco Rubio, p. 147-169<br />
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