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Revista ARETÉ – Revista Amazônica - Revistas.uea.edu.br - uea

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<strong>Revista</strong> <strong>ARETÉ</strong> <strong>–</strong> <strong>Revista</strong> <strong>Amazônica</strong> de Ensino de Ciências ISSN: 1984-7505<<strong>br</strong> />

V.2 <strong>–</strong> N.2 - 2008<<strong>br</strong> />

Reformas, ampliação e revisão de legislações e políticas <strong>edu</strong>cacionais marcaram não apenas a<<strong>br</strong> />

história <strong>br</strong>asileira, mas de inúmeros países ao redor do mundo. O problema porém parece<<strong>br</strong> />

residir no objetivo dessas propostas que, ao invés da preocupação com o ser humano, com a<<strong>br</strong> />

sociedade, concentram-se, conforme Azevedo (2004, p. 11), na tentativa de melhorar as<<strong>br</strong> />

economias nacionais pelo fortalecimento dos laços entre escolarização, trabalho, produtividade,<<strong>br</strong> />

serviços e mercado. Já não mais se pode negar que os princípios básicos da gestão empresarial,<<strong>br</strong> />

definitivamente, instalaram-se na <strong>edu</strong>cação. Ao leitor, isso pode parecer bastante interessante,<<strong>br</strong> />

afinal conceitos como qualidade total, controle de desperdícios, eficácia e eficiente não fazem<<strong>br</strong> />

mal a qualquer empreendimento. O problema, porém, reside no fato de que a <strong>edu</strong>cação é<<strong>br</strong> />

dialética, pois se estrutura por meio de construções e, particularmente, nas desconstruções, o<<strong>br</strong> />

que, nem sempre, agrada. Bem, se o aluno for cliente, como contrariá-lo ? Como desfazer suas<<strong>br</strong> />

certezas? E o pior, num mundo corporativo, o cliente não pode ser contrariado. Sendo assim,<<strong>br</strong> />

como os <strong>edu</strong>cadores podem trabalhar numa ambiente <strong>edu</strong>cacional em que as autoridades, a<<strong>br</strong> />

sociedade e os gestores de escola acreditam que a escola é seja uma empresa na mais pura<<strong>br</strong> />

acepção da palavra? Bem, esse parece ser o mais complexo desafio para a <strong>edu</strong>cação nessa nova<<strong>br</strong> />

era em que tudo passou a ser relativo, em que os conceitos predominam so<strong>br</strong>e as definições.<<strong>br</strong> />

A sociedade do Século XXI se vê diante de um estranho dualismo, pois, apesar de se considerar<<strong>br</strong> />

que vive a Era do Conhecimento, produz um número cada vez maior de ignorantes.<<strong>br</strong> />

Aparentemente, tantos problemas parecem ser novos, mas, desde o inicio da construção das<<strong>br</strong> />

políticas liberais do Século XV, o advento do lucro vem produzindo esses fatos sociais. A<<strong>br</strong> />

diferença entre os tempos do início do Liberalismo e sua nova face, o Neoliberalismo, são os<<strong>br</strong> />

graves sinais de esgotamento que o mundo apresenta e a perspectiva de que a população, cada<<strong>br</strong> />

vez mais numerosa, passe a consumir cada vez mais. Ainda parte do caos estabelecido, os<<strong>br</strong> />

governos e os estados nacionais se colocam numa posição de expectativa onde a economia de<<strong>br</strong> />

mercado toma conta da cena.<<strong>br</strong> />

O dinheiro, o lucro e o capital financeiro se fortalecem, mas já se pode perceber alguns sinais de<<strong>br</strong> />

mudança e reação, particularmente daqueles que vêem a <strong>edu</strong>cação não como a chave definitiva<<strong>br</strong> />

para a solução de todos os problemas, mas como um instrumento que, seja qual for o caminho<<strong>br</strong> />

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