02.09.2014 Views

Revista ARETÉ – Revista Amazônica - Revistas.uea.edu.br - uea

Revista ARETÉ – Revista Amazônica - Revistas.uea.edu.br - uea

Revista ARETÉ – Revista Amazônica - Revistas.uea.edu.br - uea

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Revista</strong> <strong>ARETÉ</strong> <strong>–</strong> <strong>Revista</strong> <strong>Amazônica</strong> de Ensino de Ciências ISSN: 1984-7505<<strong>br</strong> />

V.2 <strong>–</strong> N.2 - 2008<<strong>br</strong> />

vale ressaltar que, em termos gerais, Morais chama atenção do leitor em seu livro para três<<strong>br</strong> />

questões fundamentais, que são:<<strong>br</strong> />

1. “Se há um século que se deve apresentar como testemunha de portentosas realizações<<strong>br</strong> />

científicas, este é o século XX. No entanto, se há também uma época na qual a ciência mal<<strong>br</strong> />

conduzida <strong>–</strong> isto é: conduzida de forma às vezes antiética e irresponsável <strong>–</strong> revelou-se uma<<strong>br</strong> />

ameaça universal para o homem, esta época é a presente” (p.185);<<strong>br</strong> />

2. “Acontece que o conhecimento só interessa para viver melhor, para agir melhor e para<<strong>br</strong> />

melhor morrer, e os abstrativos do discurso racional científico não pode descartar, sem mais, as<<strong>br</strong> />

concretudes existenciais que emerge do vivido e do intuído” (p.187);<<strong>br</strong> />

3. “A ciência é, como já dissemos, uma das vozes da cultura. [...] Eis porque minha preocupação,<<strong>br</strong> />

ao longo desse livro, foi a de sempre olhar para os fenômenos científicos e técnicos como<<strong>br</strong> />

componentes de algo maior: a cultura humana, com sua extrema complexidade e riqueza, as<<strong>br</strong> />

quais muitas vezes ultrapassam as limitadas possibilidades dos racionalismos cientificotecnológicos”<<strong>br</strong> />

(p.188).<<strong>br</strong> />

Enfim, em relação ao autor, percebe-se que ele é extremamente humanista, deixando<<strong>br</strong> />

transparecer neste livro, toda a sua formação clássica de pensamento cristão-aristotélicotomista.<<strong>br</strong> />

Embora registre algumas dúvidas quanto às ciências humanas, o autor acredita que são<<strong>br</strong> />

as ciências humanas que transformaram o mundo, e não as ciências exatas. Na verdade, sua<<strong>br</strong> />

confiança é no ser humano, naquele que faz “ciência com consciência”. É para quem pensa<<strong>br</strong> />

complexamente que o autor dedica sua o<strong>br</strong>a, dentro de sua filosofia que “absolutizar é<<strong>br</strong> />

aprisionar o sujeito”. Enfim, sejamos livres, exijamos o impossível! Creio ser esta a mensagem<<strong>br</strong> />

final do livro Evoluções e Revoluções da Ciência Atual (2007), de Regis de Morais.<<strong>br</strong> />

Referência:<<strong>br</strong> />

MORAIS, Regis de. Evoluções e revoluções da Ciência atual. Campinas, SP: Alínea, 2007.<<strong>br</strong> />

242

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!