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Revista ARETÉ – Revista Amazônica - Revistas.uea.edu.br - uea

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<strong>Revista</strong> <strong>ARETÉ</strong> <strong>–</strong> <strong>Revista</strong> <strong>Amazônica</strong> de Ensino de Ciências ISSN: 1984-7505<<strong>br</strong> />

V.2 <strong>–</strong> N.2 - 2008<<strong>br</strong> />

A episteme é o imaginário ou mentalidade básica de uma cultura que marca um segmento<<strong>br</strong> />

histórico. Uma episteme sempre resolve umas tantas questões enquanto oculta outras ou<<strong>br</strong> />

silencia-se em relação a elas. Das lacunas emergem rupturas que darão origem a novos<<strong>br</strong> />

modelos, ou paradigmas, para se decodificar o mundo e a vida. Dessa forma podemos classificar<<strong>br</strong> />

as matrizes epistêmicas em:<<strong>br</strong> />

1ª Matriz epistêmica cosmológica (Idade Antiga).<<strong>br</strong> />

2ª Matriz epistêmica teológica (Idade Média).<<strong>br</strong> />

3ª Matriz epistêmica ântropo-científica (Idade Moderna).<<strong>br</strong> />

4ª Matriz epistêmica histórico-energicêntrica (Idade Contemporânea).<<strong>br</strong> />

Depôs do advento da Ciência experimental nos séculos XVI e XVII, passou-se a considerar as<<strong>br</strong> />

Idades Antiga e Média como períodos protocientíficos, ou seja, que vivenciavam, no geral,<<strong>br</strong> />

inquietações científicas, mas sem haverem alcançado propriamente a Ciência lógica e<<strong>br</strong> />

metodologicamente, estabelecida.<<strong>br</strong> />

Na Idade Média vamos considerar o teocentrismo contemplativo: uma concepção sacral de<<strong>br</strong> />

mundo e universo. O mudo como algo dado por Deus e em cujas harmonias biológicas<<strong>br</strong> />

fundamentais o homem não tinha direito de intervir. A natureza era tida como mãe,<<strong>br</strong> />

consequentemente, a episteme medieval permitiu que o período fosse profundamente<<strong>br</strong> />

ecológico. Mas é nesse período que surge a Revolução Comercial. As exigências desse evento<<strong>br</strong> />

foram preparando o advento do experimentalismo científico e assimilando avanços<<strong>br</strong> />

matemáticos.<<strong>br</strong> />

O século XVI é o de maior expressão do Renascimento, nesse período, o homem é reafirmado<<strong>br</strong> />

como centro do significado da história.<<strong>br</strong> />

A matriz epistêmica que impulsionou a Revolução Científica Moderna (séculos XVI e XVII), era a<<strong>br</strong> />

crença na infinita capacidade racional do ser humano, que hoje se conhece como o mito da<<strong>br</strong> />

razão absoluta, levando ao endeusamento da razão concretizado nos séculos XVIII e XIX, tidos<<strong>br</strong> />

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