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Revista ARETÉ – Revista Amazônica - Revistas.uea.edu.br - uea

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<strong>Revista</strong> <strong>ARETÉ</strong> <strong>–</strong> <strong>Revista</strong> <strong>Amazônica</strong> de Ensino de Ciências ISSN: 1984-7505<<strong>br</strong> />

V.2 <strong>–</strong> N.2 - 2008<<strong>br</strong> />

satisfação ao utilizá-lo. A permanência de um determinado modelo depende de quanto tempo<<strong>br</strong> />

este resistirá às tentativas de falseamento. Será então substituído por outro que apresente<<strong>br</strong> />

limites mais amplos e satisfatórios às proposições científicas. Foi Popper quem criou o critério<<strong>br</strong> />

de falseabilidade ao notar o aspecto voluntarista no processo científico, segundo ele, não se<<strong>br</strong> />

pode provar que um modelo é verdadeiro, mas que é falso, sendo submetido a testes. Se puder<<strong>br</strong> />

resistir a este critério, teremos então uma teoria científica que poderá ainda não ser verdadeira,<<strong>br</strong> />

mas já aceita como científica. Para que ocorra a substituição de um modelo há a necessidade de<<strong>br</strong> />

uma experiência crucial, onde é inserido um fator voluntarista que é a decisão de abandonar o<<strong>br</strong> />

modelo se não forem atingidos resultados pré-determinados. Estes têm sua interpretação<<strong>br</strong> />

dependente do quadro teórico que foi aceito anteriormente. A substituição de modelos<<strong>br</strong> />

interpretativos causa alterações na linha de pesquisa ou de interpretação e são causadas por<<strong>br</strong> />

inúmeros fatores do âmbito científico, social e ideológico. As metodologias científicas são<<strong>br</strong> />

díspares porque os métodos adotados são diferentes entre si. No método analítico ressaltam-se<<strong>br</strong> />

os elementos básicos que o constituem, podendo se auto-reconstruir. No método sistêmico a<<strong>br</strong> />

ênfase está no todo, sendo prioridade as inter-relações entre seus componentes.<<strong>br</strong> />

O texto segue discutindo a diferença entre tecnologias materiais e intelectuais e suas relações<<strong>br</strong> />

com a ciência e a cultura. Em relação à tecnologia material há exigência do melhor ou mais<<strong>br</strong> />

avançado, porém quando se discute a tecnologia intelectual, a ideologia aponta para a verdade<<strong>br</strong> />

científica como o “melhor” em forma de conceito. As tecnologias intelectuais tendem a apontar<<strong>br</strong> />

a solução dos problemas de forma definida, pela proposição de verdades últimas, ficando a<<strong>br</strong> />

cargo dos cientistas a determinação da originalidade e importância do conhecimento. A ciência<<strong>br</strong> />

caracteriza-se pela não aceitabilidade das proposições científicas de forma absoluta, assim<<strong>br</strong> />

como propôs Popper. A racionalidade científica é abstrata por contar com elementos de várias<<strong>br</strong> />

ordens, já que tem mais relação com o cotidiano do que com uma lógica absoluta de uma visão<<strong>br</strong> />

histórica onde o critério.<<strong>br</strong> />

O MÉTODO CIENTÍFICO: A COMUNIDADE CIENTÍFICA<<strong>br</strong> />

Neste capítulo o autor faz uma reflexão so<strong>br</strong>e a constituição sócio-ideológica da comunidade<<strong>br</strong> />

científica, considerando todos os seus sujeitos e situando-os como agentes da construção da<<strong>br</strong> />

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