Revista ARETÉ – Revista Amazônica - Revistas.uea.edu.br - uea
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<strong>Revista</strong> <strong>ARETÉ</strong> <strong>–</strong> <strong>Revista</strong> <strong>Amazônica</strong> de Ensino de Ciências ISSN: 1984-7505<<strong>br</strong> />
V.2 <strong>–</strong> N.2 - 2008<<strong>br</strong> />
teoria quanto na prática, a distribuição é o elemento central nas discussões contemporâneas<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e <strong>edu</strong>cação.<<strong>br</strong> />
O novo enfoque Neoliberal visa à padronização mundial, por essa razão, o grande impulso<<strong>br</strong> />
aparece com a perspectiva de que um serviço <strong>edu</strong>cacional limitado seja amplamente fornecido.<<strong>br</strong> />
Do modo como são feitos os estudos e afirmações, observa-se que as questões so<strong>br</strong>e o tipo de<<strong>br</strong> />
<strong>edu</strong>cação que os estudantes estão recebendo não são levadas em consideração. Assim, a maior<<strong>br</strong> />
parte das discussões so<strong>br</strong>e <strong>edu</strong>cação segue o mesmo padrão.<<strong>br</strong> />
Quando as escolas são acusadas de fracasso no ensino daquilo que se considera básico, toma-se<<strong>br</strong> />
como dado que todos sabem qual é o significado do que seria básico. Esse pressuposto so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />
conteúdo está sendo transmitido globalmente por cursos tipo standart e são comercializados<<strong>br</strong> />
por empresas editoriais e instituições que desejam lucro fácil, deteriorando o verdadeiro<<strong>br</strong> />
compromisso da EAD, ou seja, oferecer uma oportunidade de justiça àqueles que estão<<strong>br</strong> />
excluídos dos benefícios de uma <strong>edu</strong>cação de qualidade.<<strong>br</strong> />
Segundo Grossi (2000), a debilidade de um tratamento puramente distributivo da questão da<<strong>br</strong> />
justiça <strong>edu</strong>cacional reside no fato de que ele não discute a natureza da <strong>edu</strong>cação em si. A<<strong>br</strong> />
<strong>edu</strong>cação é um processo social, atuando através de relações sociais, nas quais o quanto e o quê<<strong>br</strong> />
são inseparáveis. Não se quer dizer, porém, que a questão da distribuição não seja importante,<<strong>br</strong> />
mas sim que a <strong>edu</strong>cação não pode ser vista simplesmente como uma simples e medíocre<<strong>br</strong> />
mercadoria.<<strong>br</strong> />
Tal afirmação fica amplamente defendida quando observadas as diferenças sociais em questão.<<strong>br</strong> />
As pessoas apresentam diferentes resultados de escolarização, porque elas têm diferentes<<strong>br</strong> />
relações com o mundo em que vivem. Conseqüentemente, o conhecimento escolar<<strong>br</strong> />
personalizado e, ao mesmo tempo, amplo acaba se tornando um elemento-chave na questão da<<strong>br</strong> />
diminuição da desigualdade social.<<strong>br</strong> />
Isso conduz a uma conclusão de vital importância já observada por Libâneo (1986), ou seja, a<<strong>br</strong> />
justiça não pode ser obtida através da distribuição da mesma quantidade de bem padronizado e<<strong>br</strong> />
inquestionável às crianças de todos os grupos sociais. O serviço fornecido pelas escolas significa<<strong>br</strong> />
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