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Revista ARETÉ – Revista Amazônica - Revistas.uea.edu.br - uea

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<strong>Revista</strong> <strong>ARETÉ</strong> <strong>–</strong> <strong>Revista</strong> <strong>Amazônica</strong> de Ensino de Ciências ISSN: 1984-7505<<strong>br</strong> />

V.2 <strong>–</strong> N.2 - 2008<<strong>br</strong> />

dependia apenas da técnica, mas, era uma condição humano <strong>–</strong> cientifica, algo que envolvia<<strong>br</strong> />

vários aspectos: biológico, cultural, psicológico.<<strong>br</strong> />

Segundo Gallian, (2000), a partir da segunda metade do século XIX, entretanto, as<<strong>br</strong> />

descobertas da microbiologia e da patologia levaram a profundas transformações na ciência<<strong>br</strong> />

médica, uma vez que na medida em que o prestigio das ciências experimentais foi crescendo, o<<strong>br</strong> />

das ciências humanas se esvaziava, no meio médico.<<strong>br</strong> />

Segundo Martins (2001) nesse processo, o doente foi perdendo suas marcas para passar<<strong>br</strong> />

a ser objeto do saber reconhecido cientificamente. Assim perdeu sua identidade, seu nome,<<strong>br</strong> />

passando a chamar-se, ou o número de seu leito, ou sua patologia, ou ainda, outro codinome<<strong>br</strong> />

com que a equipe de saúde lhe reconhecia, ou que descrevia alguma observação realizada. Se, a<<strong>br</strong> />

marca individual, nome e so<strong>br</strong>enome são desprezados, quanto mais à identidade social e<<strong>br</strong> />

psicológica.<<strong>br</strong> />

Nessa época, a Medicina perde seu caráter humanista devido a enorme influência que a<<strong>br</strong> />

prática médica sofre de uma visão r<strong>edu</strong>cionista e mecanicista, tanto do Homem, quanto da<<strong>br</strong> />

Ciência. Para Schraiber (1993), Troncon e cols. (1998) o ato médico se desumanizou e passou a<<strong>br</strong> />

se configurar como mero repetidor dos conhecimentos científicos, entrando na produção em<<strong>br</strong> />

série, uma vez que, o sujeito da ação médica era visto como instrumento de aplicação de<<strong>br</strong> />

conhecimentos e, anos mais, como um ser humano com identidade, preocupações, desejos e<<strong>br</strong> />

temores.<<strong>br</strong> />

Nesse contexto, ocorrem transformações na formação médica, cada vez mais<<strong>br</strong> />

especializada, que fizeram com que condições de trabalho passassem a restringir a<<strong>br</strong> />

disponibilidade do médico para o contato com o seu paciente. Isto proletarizou o médico, de<<strong>br</strong> />

acordo com o que afirmam Nogueira-Martins (1998), que complementam dizendo que a atual<<strong>br</strong> />

condição do exercício da Medicina, não tem contribuído para a melhoria do relacionamento<<strong>br</strong> />

entre médicos e enfermos.<<strong>br</strong> />

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