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competência e argumentação nas afasias: um ... - IEL - Unicamp

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justamente enquanto capacidade do locutor de se propor como sujeito, já que ofundamento da subjetividade (...) se determina pelo status lingüístico da pessoa(Benveniste: 1995, 286).Atribuir ao pragma <strong>um</strong> caráter lingüístico permite atrelar a noção de ação àlíngua. Nessa direção, a linguagem passa a ser encarada como forma de ação,ação sobre o mundo dotada de intencionalidade, veiculadora de ideologia,caracterizando-se, portanto, pela arg<strong>um</strong>entatividade (Koch: 1996, 17).Nesse sentido, a Lingüística insere, sob seu escopo, estudosfundamentados n<strong>um</strong>a Teoria da Enunciação, possibilitando tomar o discurso, otexto e a conversação, enquanto categorias analíticas, o que resulta em áreas deinvestigação como a Lingüística Textual, a Análise da Conversação e a Análise doDiscurso.Estabelecido este quadro de apresentação das investigações relativas àsignificação em Lingüística, me proponho retomar os estudos sobrearg<strong>um</strong>entação, procurando acompanhar o movimento que as construções teóricasoperam, e por sua vez, o lugar que lhe reservam - se considerado que, desde aantigüidade, há <strong>um</strong>a dupla resposta para a questão relativa à linguagem, nosentido de saber se sua natureza é eminentemente arg<strong>um</strong>entativa ou narrativa(Charaudeau: 2005).Orientar minhas investigações a partir de <strong>um</strong>a abordagem enunciativarelativa à arg<strong>um</strong>entação faz com que a própria questão da referência seja redimensionada,já que a apresentação de <strong>um</strong> objeto não estaria vinculada à suaidentificação, nem mesmo à vericondicionalidade, mas às possibilidades deencadeamento discursivo disponibilizadas pela maneira com que é apresentado.A Teoria da Arg<strong>um</strong>entação na Língua (TAL), fruto das investigaçõesorientadas por Ducrot, destaca-se, nesse cenário, justamente por apresentar-secomo <strong>um</strong>a teoria enunciativa sobre o sentido, cujo vetor é a arg<strong>um</strong>entação.Essa posição implica distinguir o que, no interior da significação, é denatureza informativa e o que é de natureza arg<strong>um</strong>entativa. Na TAL, qualquercaracterística informativa da língua deriva de sua natureza arg<strong>um</strong>entativa, e nunca4

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