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competência e argumentação nas afasias: um ... - IEL - Unicamp

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Ducrot e colaboradores propõem-se formular <strong>um</strong>a teoria semântica-enunciativaque dê conta da arg<strong>um</strong>entação, considerando, para tanto, a língua stricto sensu,n<strong>um</strong> claro empenho estruturalista.Ao final deste capítulo, comprometo-me a cotejar as diferenças e os ganhosanalítico-descritivos que ambas investigações enunciativas possibilitam.4.2.1 A Teoria da Arg<strong>um</strong>entação na Língua e <strong>um</strong> corpus de afasiaA Teoria da Arg<strong>um</strong>entação na Língua propõe <strong>um</strong>a análise semânticoenunciativa,de base estruturalista, referente ao fenômeno lingüístico recobertopela arg<strong>um</strong>entação. O relevo atribuído à TAL, nesta tese, é justificável à medidaem que a teoria é fundamentada n<strong>um</strong>a concepção enunciativa da arg<strong>um</strong>entação etem operado, ao longo de seu desenvolvimento, em direção aos diferentesmecanismos nela envolvidos - sempre em torno do eixo enunciação.Na TAL, a avaliação é anterior à descrição, <strong>um</strong>a vez que o aspectoavaliativo é que autoriza as interpretações descritivas; para Ducrot (Moura: 1998,176), a descrição que dou de <strong>um</strong> objeto quando o apresento por meio de <strong>um</strong>adescrição definida não tem por objetivo <strong>um</strong>a melhor identificação deste objeto,mas sim propiciar <strong>um</strong>a arg<strong>um</strong>entação acerca desse objeto. O referente é, então,construído em função da arg<strong>um</strong>entação pretendida, <strong>um</strong>a expressão não servepara designar <strong>um</strong> objeto, mas sim para indicar se <strong>um</strong> determinado encadeamentodiscursivo é ou não possível a partir de seu aparecimento.A teoria é organizada basicamente em função da dicotomia sentido literal/sentido metafórico, que qualifica a significação como descritiva ou avaliativa. Essetema geral dirige implicitamente todo desenvolvimento da Teoria da Arg<strong>um</strong>entaçãona Língua, mas aparece mais explicitamente somente em sua última versão, aTeoria dos Topoi.Uma significação avaliativa somente é possível se considerada asubjetividade na língua - para dar conta dessa questão, Ducrot passa a trabalharcom a noção de polifonia, em que diferentes enunciadores estão envolvidos com a74

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