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competência e argumentação nas afasias: um ... - IEL - Unicamp

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linguagem ordinária a partir da consideração de aspectos interativos e sóciocognitivos,por exemplo.Nesse sentido, procuro outras teorias que me possibilitem apontar, deforma igualmente enfática, o lugar da linguagem na arg<strong>um</strong>entação, semprerespeitando os movimentos, verbais e não-verbais, que operam, procurando <strong>um</strong>aanálise mais refinada do fenômeno arg<strong>um</strong>entativo.Res<strong>um</strong>idamente, proponho-me, nesta tese, (i) buscar compreender se alinguagem dispõe de <strong>um</strong>a competência específica para arg<strong>um</strong>entar, ou se dispõede <strong>um</strong>a competência mais geral, de ordem lingüístico-pragmática, que permite,entre outras operações com e sobre a linguagem, arg<strong>um</strong>entar, e (ii) quaiscaminhos gramaticais e enunciativos são mobilizados para dar conta daquilo queesteja envolvido no ato de arg<strong>um</strong>entar.1. 2. Arg<strong>um</strong>entação, competência e o corpus de afasiaPara abordar o estudo da arg<strong>um</strong>entação enquanto constituidora do sentidoe, mais pontualmente, da relação lingüística que me permita aproximarcompetência e arg<strong>um</strong>entação, estabeleço determinadas questões com base naespecificidade de <strong>um</strong> corpus organizado a partir de fenômenos lingüísticosproduzidos por sujeitos com afasia - que pode ser caracterizada brevemente como<strong>um</strong> comprometimento de linguagem decorrente de lesão cerebral.Nessa medida, valho-me da premissa de que <strong>um</strong>a linguagem categorizadacomo patológica pode explicitar, ainda mais, as dificuldades que os sujeitos(afásicos ou não) podem encontrar <strong>nas</strong> relações interativas, que envolvem o usoefetivo da linguagem, o que lhes exige diferentes reflexões e operaçõeslingüísticas, metalingüísticas e discursivas, para dar conta da constituição dosentido e da instanciação discursiva desses sujeitos.O corpus de que me utilizo é fruto de encontros semanais entre sujeitosafásicos e não-afásicos, realizados no Centro de Convivência de Afásicos (CCA),vinculado ao Instituto de Estudos da linguagem (<strong>IEL</strong>) e à Faculdade de CiênciasMédicas (FCM) – ambos na UNICAMP. Utilizo-me, ainda, de dados obtidos por6

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