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competência e argumentação nas afasias: um ... - IEL - Unicamp

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Os estudos que tomam, entretanto, as relações enunciativas e interativasdessa forma não deixam de alojar o pragma fora da língua, ainda que ancorado naescassa e fluida linha que separaria o interior e o exterior lingüístico. Umaafirmação de tal natureza parece conduzir a <strong>um</strong>a contradição, na medida em quenesta tese é ass<strong>um</strong>ida <strong>um</strong>a perspectiva enunciativa relativamente à linguagem, ouseja, em que as análises propostas se dão justamente a partir de seufuncionamento.Do ponto de vista teórico-metodológico, é mais funcional e melhorexplicativo postular interior e exterior lingüístico como <strong>um</strong> contínuo, que se interrelacionamjustamente por meio da enunciação, responsável pelacircunstancialização da língua e pelas relações discursivas - ambas autoconstitutivas.É nesse eixo, nessa borda enunciativa, que os interlocutores exibem suashabilidades no manuseio de categorias da língua e de categorias postas pelaenunciação; categorias marcadas notadamente no sistema gramatical da língua ecategorias relativas ao seu funcionamento discursivo, respectivamente.A noção de pragmática integrada estabelece <strong>um</strong> amálgama entre aconstituição da significação (objeto mesmo da semântica) e os efeitos que osentido pode produzir, por meio de implícitos, por exemplo, bem como o estatutode sua arquitetura formal, <strong>um</strong>a espécie de “gramática do discurso”, em quecategorias como enunciação e interação seriam partes de sua organização.Cabe lembrar que a este estudo interessa (ao propor <strong>um</strong>a investigaçãoenunciativa relacionada à arg<strong>um</strong>entação) buscar compreender como a linguagempõe e dispõe de categorias próprias para a arg<strong>um</strong>entação; e mais, como se efetuae efetiva a manipulação dos recursos lingüísticos e discursivos no interior do atoenunciativo. Minha expectativa é de que <strong>um</strong> corpus constituído por dados deafasia possibilite não somente a investigação em linguagem ordinária (dalinguagem em uso), mas também a explicitação dos mecanismos envolvidos noato enunciativo, justamente por causa das restrições lingüístico-discursivasimpostas pela afasia.29

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