10.07.2015 Views

competência e argumentação nas afasias: um ... - IEL - Unicamp

competência e argumentação nas afasias: um ... - IEL - Unicamp

competência e argumentação nas afasias: um ... - IEL - Unicamp

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

natureza sócio-cognitiva, e ainda a partir de considerações que envolvem asnoções de discursividade, enunciação, subjetividade e interação.Os estudos de Hymes (1984), apesar de serem mais estreitamente ligadosà Etnografia, podem ser relacionados a <strong>um</strong>a perspectiva sociolingüística, pois sãoos primeiros passos da Lingüística em direção ao exterior lingüístico,considerando o diálogo que estabelece com a noção internalista chomskyana.O caminho estabelecido por Hymes inclui o falante em <strong>um</strong>a comunidade defala que de forma alg<strong>um</strong>a pode ser considerada como homogênea, o que,inevitalvelmente, implica a rejeição da hipótese de <strong>um</strong> falante-ouvinte-ideal.Admitir <strong>um</strong> falante em sua comunidade de prática social implica acentuar a noçãode competência muito mais no uso que os falantes fazem da língua, que n<strong>um</strong>asuposta língua homogênea pré-estabelecida.A Sociolingüística surge justamente em função do postulado de <strong>um</strong>acompetência comunicativa, pois que essa não poderia deixar de considerar o usoda língua em situações sociais, em que toda sorte de assimetria e desigualdadesrelativamente à competência lingüística se manifestam em sua performance, emseu uso.Assim, Hymes postula a existência de diferentes competências - quefuncionariam em conjunto <strong>nas</strong> situações de práticas lingüísticas – o que o leva anão recusar a noção de Chomsky, mas ape<strong>nas</strong> propor outras noções decompetência que seriam complementares a ela -.O movimento operado por Hymes consiste em estabelecer <strong>um</strong>acomunidade de fala enquanto objeto, e não a língua enquanto faculdade cognitivainata, pois o autor (1984: 12), continuará a considerar a gramática como o quadrode referência no interior do qual os meios lingüísticos são organizados, mais doque considerar que eles se organizem, esses meios, em estilos e em repertóriosligados às situações 23 .23 continuera à considérer la grammaire comme le cadre de référence à l’intérieur duquel les moyenslinguistiques sont censés être organisés, plutot que de considérer qu’ils s’organisent, ces moyens, em styles eten répertoires liés à des situations (Hymes: 1984, 12).46

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!