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competência e argumentação nas afasias: um ... - IEL - Unicamp

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considerada toda sorte de dificuldades relativas à linguagem, e mesmo suainstabilidade.Nesse sentido, aproximar a problemática arg<strong>um</strong>entativa, com que lida tantoa Neurolingüística quanto a Psicolingüística, pode favorecer <strong>um</strong>a investigaçãoacerca da instabilidade da língua, quer seja considerado <strong>um</strong> comprometimento delinguagem fruto de lesão cerebral, quer seja considerada <strong>um</strong>a criança no exercíciode aquisição da linguagem.No primeiro caso, é mister não esquecer que <strong>um</strong> sujeito afásico já contoucom a experiência da língua e o conhecimento de categorias das mais diversasordens e suas implicações de uso, como adequação discursiva, avaliação degramaticalidade e de aceitabilidade. No segundo caso, trata-se ainda do momentoem que a criança está testando hipóteses, justamente quanto ao reconhecimentoe funcionamento das categorias lingüísticas.É preciso considerar que a instabilidade da língua com que lidam <strong>um</strong>afásico e <strong>um</strong>a criança tem natureza distinta, e sua aproximação somente sejustifica na medida em que se procura extrair, do exercício operado por ambos,frente à assimetria do diálogo entre interlocutores das mais diversas naturezas, aspropriedades dos recursos de que se valem para resolver as dificuldades quesurgem na interação. Certamente que essa assimetria, bem como as dificuldadesinterativas de toda ordem, não se dão ape<strong>nas</strong> nos contextos de linguagempatológica ou de aquisição, mas que a particularidade destes contextos poderessaltar as operações realizadas pelos sujeitos neles envolvidos – principalmentese considerado que, em tais situações, há mais expectativa e maior possibilidadede surgimento daquilo que falta, daquilo que exige negociação, portanto, dosmecanismos agenciados no movimento de utilização das mais diversas semioses,relativamente ao que a literatura tem denominado língua stricto sensu.Apresentar as coisas dessa maneira faz com que a própria dicotomiainterior e exterior lingüístico seja posta em questão, como, por exemplo, nomovimento operatório de que se vale a semântica feita por Ducrot que, ao atrelar aenunciação ao enunciado, chama para o interior lingüístico os aspectos ligados aoevento único que constitui a enunciação. Entretanto, é preciso verificar que a9

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