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competência e argumentação nas afasias: um ... - IEL - Unicamp

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objeto da Nova Retórica consiste no estudo de técnicas discursivas que permitamprovocar ou ampliar a adesão às teses que se apresentam ao assentimento doauditório (Perelman & Tyteca: 1996, 05).Os autores (id.: ib., 07) propõem-se abordar também o que chamam dediscussão com <strong>um</strong> único interlocutor ou deliberação íntima, fazendo com que anoção de arg<strong>um</strong>entação abordada n´A Nova Retórica seja ampliada em relaçãoàquela formulada por Aristóteles. Assim, se valem das expressões estabelecidaspelo autor da Retórica, ajustando-as às necessidades de desenvolvimento dotexto proposto; com isso, re-categorizam discurso como arg<strong>um</strong>entação. Ainda comrelação à Retórica clássica, os autores se propõem a abordá-la sob a ótica dePlatão, para quem a importância dos recursos discursivos deveria sobressairrelativamente às rápidas conclusões ou ao fácil convencimento de auditóriosignorantes, tendo em vista que Perelman e Tyteca (id.: 09) interessam-se menospelo desenrolar completo de <strong>um</strong> debate do que pelos esquemas arg<strong>um</strong>entativosempregados.Contrariamente à perspectiva clássica de Aristóteles, A Nova Retórica nãose propõe à formação de oradores eloqüentes e por isso não se restringe aodiscurso oral; antes enfatiza mais o texto escrito, justamente por sua importânciana sociedade contemporânea, buscando sobretudo analisar a organização comque a estrutura arg<strong>um</strong>entativa mesma se constitui. Entretanto, comunga com atradição, que é em função de <strong>um</strong> auditório que qualquer arg<strong>um</strong>entação sedesenvolve (Perelman & Tyteca: id., 06), pois o contato entre o orador e seuauditório não concerne unicamente às condições prévias da arg<strong>um</strong>entação: éessencial também para todo o desenvolvimento dela (id.: ib., 21), é precisoconsiderar tal auditório como determinante da linha arg<strong>um</strong>entativa a serdesenvolvida.Por sua vez, a obra de Toulmin busca colocar as bases de <strong>um</strong>a lógica dodiscurso ou preferencialmente de <strong>um</strong>a racionalidade de <strong>um</strong> logos discursivo 10(Plantin: 2005, 04). Para o autor, a arg<strong>um</strong>entação consiste n<strong>um</strong>a constelação deenunciados sistematicamente ligados, de onde o discurso retira sua coerência10 cherche à poser les bases d’une logique du discours, ou plutôt d’une rationalité d’un logos discursif18

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