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Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

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Confundia-se, assim, um interesse contingente – a destruição doIII Reich – com o posterior – e supostamente definitivo – estado de coisas.Nesse sentido, o famoso discurso de Fulton, em março de 1946, em queWinston S. Churchill se referiu, por primeira vez, à “cortina de ferro”provocaria muitas reações contrárias, de articulistas e público que aindase negavam a reconhecer uma ordem internacional não conforme àspróprias expectativas. 5Este primeiro período do pós-guerra será, portanto, essencialmentede transição: de uma desejada cooperação fraterna, característica dealiados em esforço bélico, se passaria para uma situação adversarial, típicade sistema bipolar. Dado o empenho anterior e a conseqüente visão,compreensível pelas circunstâncias, porém irrealista e não corroboradapela história, de continuada aliança entre as potências protagônicas, acristalização da nova posição do governo e do povo estadunidense, comos atinentes efeitos internos e externos, tenderia a completar-se por voltado golpe de Praga (fevereiro de 1948 – fecha-se o círculo da suseraniasoviética na Europa Oriental) e do bloqueio terrestre – 1948-1949 deBerlim Ocidental (que o traçado das zonas de ocupação transformara emenclave dentro da área sob responsabilidade militar da URSS).Neste quadro fluido, para a formulação da visão americana querespondesse ao desafio colocado por uma evolvente conformaçãoestratégica de todo diversa, muito contribuíu o diplomata americano GeorgeF. Kennan. A sua atuação no particular – de que a primeira parte de suasMemórias (1925-1950) constitui a base para as considerações a seguir– fundamentou-se em aprofundada experiência do sistema soviético soba direção de Joseph Stalin.De regresso ao posto em Moscou, agora como subchefe da missão– o político nova-yorkino Averrel Harriman era o embaixador – Kennan,5 V. Kennedy, P., op. cit., p. 371.111

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