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Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

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aprovação do ato de força, mediava larga distância. Tampouco contribuíupara reforçar a imagem do governo subseqüente, confiado a GuillermoEndara – o candidato espoliado pelas eleições fraudadas por Noriega – acircunstância de haver sido empossado em quartel americano.A operação no Panamá – cuja repercussão na opinião americananão se compara, por exemplo, com a da invasão da minúscula Grenada-chega mesmo a ser assemelhada à virtual iniciativa de relações públicas.Segundo L. Schoultz,90 não se poderia descartar a possibilidade daintervenção militar como tentativa de apagar a pecha do ‘wimp Jactar’,isto é, a alegada docilidade de Bush em relação a Reagan durante os oitoanos de sua vice-presidência.Não se coaduna a nova atmosfera nas relações internacionais,de que a queda do muro de Berlim é o acontecimento símbolo, com aoperação de índole policial que levou à derrocada do regime militarpopulistade Noriega. Dessarte, o relacionamento dos <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong>com a América Latina entrava nessa fase – que tão altas expectativassuscitava para o hemisfério norte – não exatamente sob os mais propíciosaugúrios. As normas da política da boa vizinhança pareciam pertencer aopassado, atingidas por intervenções larvares na Guatemala e Nicarágua, aaventura da Praia dos Porcos, o episódio da FIP e a operação em Grenada.Aludindo à enorme disparidade entre a superpotência e asrepúblicas latino-americanas, L. Schoultz arrisca como explicação inicialda natureza de tais relações o aforisma de Tucídides “as grandes naçõesfazem o que querem, enquanto as pequenas acatam o que devem”. Parao autor, tão grande se afigura esta diferença de poder que os EUA “salvoum cataclismo, é infinitamente mais poderoso do que qualquer naçãolatino-americana pode vir a aspirar a ser “.91Abstraída a dúbia incursão na futurologia – que se ressente dacontingência epistemológica de projetar no amanhã o hoje mais ou menos203

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