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Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

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americana, em que parcela das elites e do público rejeita envolvimentosubstancial de militares no exterior desde a Guerra do Vietnã (a “síndromedo Vietnã”), um “clima de opinião” não superado nem pela vitória noGolfo, em 1991, nem pela utilização de novas tecnologias – a “revoluçãomilitar” que permitiria vitórias a baixo custo em pessoal.A própria Guerra do Golfo, que implicou intensa mobilizaçãoamericana, foi aprovada por deliberação da ONU e objetivava contertentativa iraquiana de suprimir a soberania do Kuwait. É um exemplo decooperação internacional, de multilateralismo explícito. A reafirmação dopapel dos <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> como árbitro final das questões do OrienteMédio e como garantidor do suprimento de petróleo para o Japão e aEuropa Ocidental (que pagaram os custos financeiros da guerra) tevemenor relevo no quadro de suas múltiplas justificativas. A Guerra do Golfofoi a guerra da “nova ordem mundial”.É habitual lembrar que às elites e ao público americanos repugnamo apelo à razão de Estado. A política externa seria impregnada de um“idealismo” – a remissão é sempre a Wilson – e de uma “dimensão moral”inescapáveis. Mesmo um realista “duro” como Kissinger leva o ponto emconsideração, ainda que para se preocupar com o seu caráter de injunçãolimitadora 31 Não caberia aqui um excurso mais longo sobre a cultura políticanorte-americana, bastando reconhecer que, muito embora freqüentes emtantos outros contextos, os apelos a ideais estão sempre presentes napolítica externa do país, freqüentemente extremando-a em um certocruzadismo, mas efetivamente restringindo concepções públicas de purointeresse ou razão de Estado.É também comum remeter estas questões ao que seria o“excepcionalismo americano”, mas, neste caso, o território é conhecido.Todas as nações projetam “auto-imagem” em que abundam traços únicose excepcionais. Trata-se, exatamente, do nacionalismo de cada uma delas.31 Kissinger, Henry. Diplomacy. Nova York. Simon & Schuster, 1994, esp. Capo 31.41

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