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Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

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segurança no Mare Nostrum, os <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> não se envolveriam emações políticas capazes de levá-Ios a um confronto com potênciaseuropéias. É considerando esses fatores que se pode dizer que o “corolárioRoosevelt à Doutrina Monroe” é a fusão do conselho de Washington como imperialismo dos adeptos de Mahan.mA política de segurança coletiva inaugurada por Wilson e a recusado Senado norte-americano a ratificar o Tratado de Versalhes devem servistas não como posições antagônicas, mas complementares - as duasfaces de uma mesma moeda (com a condição, porém, de que se possaavaliar diferentemente o valor de cada uma delas). A proposta de umaorganização internacional capaz de assegurar a segurança coletiva eimpedir novas guerras não pode ser dissociada do empenho em garantir aautodeterminação dos povos - o ponto 14 das proposições de Wilson naconferência de Versalhes.Tanto a idéia de que a paz perpétua será assegurada pela Ligadas Nações, quanto a de que cada nação - valha o que valha a palavra na249realidade histórica e social européia de então - deve ter seu Estado soberanoremontam à idéia de missão redentora. Mais precisamente, à proposiçãode Thomas Paine de que os <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> são a nova Atenas civilizadora,e à de Hamilton, de que os <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> devem vingar as ofensasfeitas pela Europa -leia-se “os impérios europeus” - à raça humana. Pordeitarem fundas raízes no inconsciente coletivo do povo norte-americano,as duas idéias persistirão ao longo dos anos que se seguirão à nãoratificaçãodo Tratado de Versalhes, e encontrarão em Franklin D.Roosevelt o grande arquiteto da segurança coletiva por intermédio daONU e o campeão da autodeterminação dos povos, ainda que à custa dadestruição dos já debilitados impérios inglês e francês.250

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