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Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

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A cooperação supõe, é claro, ação coletiva – a teoria pertinente éinvocada – através de instituições internacionais, como a ONU, mas tambémde instituições regionais – como a OTAN. De fato, a expansão da OTANfoi justificada pelo presidente Clinton em termos de segurança cooperativa.Os defensores da segurança cooperativa denunciam as limitaçõesda noção de equilíbrio de poder, que se tem por objeto apenas os casos deinteresse (nacional) tradicional. A ação institucionalizada e multinacionalforjar instituições é o modo essencial de concertar ações – é fundamentalna coordenação da dissuasão e na derrota da agressão, bem como notrato das ameaças emergentes.A cooperação internacional se teria tornado mais favorável porqueas grandes potências são democráticas ou estão em transição para ademocracia – a lembrar o “envolvimento e ampliação” do presidenteClinton. Por outro lado, a segurança cooperativa se tornou necessáriaporque a condição do mundo é de crescente interdependência. Por exemplo,pequenas guerras localizadas podiam ser visto no passado como de poucarelevância para as grandes potências. Passavam a tê-la, em decorrênciado uso de armas de destruição em massa. O que implica a noção de“interdependência estratégica”: guerras numa área tendem à expansão;“limpezas étnicas” engendram outras; fluxos de refugiados de umnacionalismo alimentam xenofobia no país de recepção; e tudo isto éampliado pela mídia global. Desta forma, a segurança dos <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong>e de seus aliados pode ser afetada nas mais distantes áreas e por umenorme conjunto de problemas, o que requer, por exemplo, intervençãopor motivos humanitários, operações de paz no contexto de guerras civise ação quanto às “ameaças difusas”.Pode-se acrescentar que, se a indivisibilidade da paz é um beloconceito liberal, sua contrapartida é uma noção de segurança de enormeextensão: seus limites estão na dependência do que se poderia chamar depoder definitório – uma redundância porque, em política, definir é poder.Por outro lado, e aqui voltamos a Posen e Ross, a concepção tem que55

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