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Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

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do Reich. O objetivo é antecipar-se a alianças hostis, desvalorizando o seupoder. Agir de tal forma que todas as potências necessitem dos <strong>Estados</strong><strong>Unidos</strong> e, em virtude de suas relações mútuas, sejam impedidas de lhesoporem uma associação contrária. Essa estratégia é mais consistente comum envolvimento permanente e global, distinto da intervenção eventual daInglaterra em negócios europeus. Conduz a algo como uma “pactomania”permanente, mas garante relativa estabilidade a uma situação de primazia.A metáfora apropriada seria a de um círculo, seu centro e seus raios: ocentro é Washington e os raios são a Europa Ocidental, Japão, China e oOriente Médio. “Por maior que seja seu antagonismo em relação aos <strong>Estados</strong><strong>Unidos</strong>, sua associação ao centro é mais importante para cada um delesque os laços que mantenham entre si.”No Pacífico, os <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong>, a despeito das guerras anteriores,mantém melhores relações com a China, a Rússia, o Japão e a Coréia doSul do que eles entre si (o autor desqualifica a aproximação entre China eRússia). E todos contam com os <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> para impedir o Japão deconverter riqueza em poder militar (e obviamente, poder-se-ia acrescentar,para manter-se atento à China).No Oriente Médio, os <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> liquidaram as pretensõescoloniais da França e da Inglaterra desde a Guerra de Suez (1956) e, comexceção de Irã e Iraque, todos os países têm os <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> porárbitro de suas querelas: foi em Washington que se celebrou a paz entreIsrael e a OLP e a Jordânia.Na Europa Ocidental, países como a Inglaterra, Alemanha, Itália,mesmo a França, precisam dos <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> como um “emprestadorde segurança em última instância”, que provenha equilíbrio não só emrelação à uma Rússia ressurgente mas também nas relações entre eles.A Europa não tem sido eficaz na produção de bens públicos, no caso, asegurança, e foram os <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> que impuseram ordem na Iugoslávia– e continuaram a fazê-lo na questão do Kosovo, poder-se-ia acrescentar.Os <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> ainda operam “à inglesa” em situações50

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