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Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

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A ampliação da OTAN, justificada por novas missões, mantémos objetivos anteriores, ainda que bem mais matizados, requerendo-secontinuidade de forte presença americana que, fazendo-se indispensável,introduz, afinal, mais um objetivo implícito. Nos termos de Lepgold: ...aOTAN permite implicitamente aos <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> proteger os europeusocidentais uns dos outros, além de protegê-los de ameaças externas...”ou para ainda citar o documento em análise, “assegurará que nenhumaparte da Europa venha a reverter em zona de competição de grandespotências ou esfera de influência” (p. 40).A démarche não escapa ao eurocentrismo de críticos franceses.Assim, a estratégia americana seria fortemente unilateralista, as aliançassupõem sempre sua indispensável liderança: “um savoir-faire localista aserviço do globalista americano”. 28 É mais dura a conclusão de um exrepresentanteda França no Conselho da OTAN: “ela está para a Europapolítico-militar assim como o GATT está para a Europa aduaneira ecomercial – o meio de evitar que a Europa se erija em fortalezaindependente e, quem sabe, um dia, rival”. 29A auto-imagem e projeção estratégica dos <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> comoparceiro indispensável, aparece, sob várias denominações, no debate sobrea “grande estratégia” – de que a Doutrina Clinton é parte – e que seráobjeto de breve exposição a seguir. Supõe inequívoca hegemonia, no sentidomilitar do termo, e sua pretensão à legitimidade requer que se contorne otopos realista de que situações unipolares são sempre instáveis. Não émenos lugar comum a referência a Washington ao recomendar a seu país28 Joxe, Alain. Répresentative des alliances de Ia nouvelle stratégie américaine. PolitiqueÉtrangere, v. 2/97, p. 325-37.29 Robin, Gabriel. A quoi sert l’OTAN. Politique Étrangère, v. 1/1995, p. 171-80.38

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