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Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

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No contexto do surto de nacionalismo econômico contra o Japão, aoinício da década, o desfrute da primazia foi apresentado de forma exemplar:“... é um erro pensar que a principal razão pela qual os <strong>Estados</strong>buscam a primazia repousa na capacidade de vencer guerras, daídecorrendo que, se a guerra é improvável, a primazia perde importância.<strong>Estados</strong> buscam primazia para obter segurança, promover seus interessese configurar o contexto internacional para que reflita seus interesses evalores”... Um Estado como os <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong>, que alcançou a primazia,tem todas as razões para mantê-la, até para evitar a necessidade de entrarem guerra para mantê-la. 41As razões da primazia, continua Huntington, são conhecidas desdeTucídides, ainda que o principal argumento do autor atual diga respeito àprimazia no confronto com Mélios econômicos.Ao que parece, a primazia é indivisível, tanto quanto o é a pazpara os adeptos da segurança cooperativa. E não menos compatível como liberalismo, pois a promoção do direito internacional, da democracia edas economias de mercado também contribui para sua manutenção. Estessão termos do Defense Plan Guidance (DPG), documento do Pentágonoelaborado em 1992, ainda no governo Bush, e que teve trechos “vazados”para o New York Times – citados por Posen e Ross:Nosso primeiro objetivo é impedir a reemergência de um novorival, quer no território da antiga União Soviética, quer alhures, que ofereçaameaça semelhante àquela anteriormente produzida pela URSS. Esta éuma consideração dominante ... e requer esforços para coibir qualquerpoder hostil de dominar uma região cujos recursos, sob controleconsolidado, sejam suficientes para gerar poder global... Nossa estratégiadeve agora ter como foco impedir a emergência de qualquer futurocompetidor global em potencial.41 Huntington, Samuel P. Why primacy matters. International Security, v. 17, n° 4 (primaverade 1993), p. 68-83.58

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