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Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

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é de se esperar que o “governo”, para maximizar a adesão, magnifique ostemores, já que isto o faz mais necessário. O mundo cooperativo resolvese,afinal, em razão de Estado: divide et impera.A síntese das divergênciasUm excelente trabalho de Posen e Ross 39 permite retomar odebate em curso sobre a grande estratégia americana no pós-Guerra Fria,ainda que, mais uma vez, se trate de texto que será objeto de desconstrução,um pré-texto para entendimento eventualmente diverso daquele dos autores.Quatro grandes estratégias estariam competindo no discursopúblico. A primeira, que, a despeito da argumentação interessante, nãoparece ter maior impacto nas decisões públicas é o neo-isolacionismo. Asoutras, que realmente importam, os autores denominam envolvimentoseletivo; segurança cooperativa e primazia.A estratégia de envolvimento seletivo corresponde à noçãotradicional de equilíbrio de poder. O principal problema é assegurar a pazentre as grandes potências – aquelas que detêm importante expressãoindustrial e militar. O foco territorial é a Eurásia: guerras entre potênciasenvolvem perigo para os <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong>. A experiência das duas grandesguerras recomenda forte envolvimento dos <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong>: o equilíbriode poder tende a acontecer – de acordo com as premissas realistas desteenfoque – mas ocorre mais cedo e mais facilmente “com a presença deum líder”, de tal forma que as grandes potências tenham claro que os<strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> dispõem do poder militar suficiente para evitar ambiçõesagressivas, assegurando o status quo.Os defensores do envolvimento seletivo rejeitam a noção de que opaís detenha recursos para manter a paz em qualquer parte ou paracomportar-se como o líder inconteste de um mundo unipolar. O39 Ver a nota 12. E também Durant, Etienne de. Les tribulations de la pensée strategiqueaméricaine, Politique Étrangere, v. 111997, p. 45-6.53

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