10.07.2015 Views

Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

investigar e punir condutas empresariais que limitem o ritmo do progressotécnico ou a liberdade de escolha dos consumidores. Por outro lado, quandoa configuração sustentável de uma indústria resulta ser um monopólio,como no caso da fusão Boeing/McDonnell Douglas em 1996, essasmesmas autoridades não só apoiam o processo de concentração no ambitodoméstico como enfrentam eventuais resistências internacionais. 3Embora nem sempre em conformidade com os princípios dapolítica antitruste, as condições de concorrência no mercado mundialtambém passaram a ser a referência fundamental de outros instrumentosda política econômica dos <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> nas duas últimas décadas. Umexemplo precursor nesta direção foi o acordo comercial para a indústriade semicondutores assinado com o Japão em 1986 (vide Tyson, 1992; Irwin,1996, 1998; Flamm, 1996). Desde o seu surgimento no final dos anos 50, afabricação de semicondutores rapidamente adquiriu as características deindústria estratégica nos países desenvolvidos. Seus produtos sãocomponentes microeletrônicos utilizados virtualmente em todos os segmentosda estrutura industrial contemporânea, e sua expansão nos últimos quarentaanos foi marcada por um extraordinário ritmo de progresso técnico, resultantede contínuos e elevados gastos em P&D financiados sobretudo através derecursos públicos. Como notou Flamm (1996):In short, semiconductors have been at the center stage of trade policydebate because they embody ali the features of a high-technologyindustry most likely to test the limits of the existing trade regime.3 A esse respeito, as opiniões de Joel I. Klein, atual chefe da Divisão Antitruste, são inequívocas:“its is neither surprÜing /lor objectio/lable that different national competition authoritiescould reach different results on a given merge/; which may well have different competitiveeffects in dif.{erellt product or geographic markets in differellt coulltries. We have workedwith other countries’ antitrust agencies in numerous cases where our results differed fromtheirs in some way. What was unusual about Boeing is that the FIC and the EU reacheddifferent results in analyzillg the .wme market: the worldwide market for large commercialaircraft. The poillt I want to make here Ü that however difficult this matter was for both USand EU alltitrust ellforcers. our discussiolls would have beell lar more difficult had we notalready establi.fhed p strollg relatiollship ba.fed 011 commo/l alltitrust ellforcemellt interests”(Klein, 1997, p. 10).82

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!