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Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

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<strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> e do Ocidente. Democráticos eram também os blocos epactos destinados a conter o comunismo, pois, muito embora pudessemconter <strong>Estados</strong> autoritários, o conjunto teria objetivos democráticos: o todoconferia significado às partes ou, caso se prefira a devida homenagem aum grande pensador político, os fins justificavam os meios. A necessidadede pactuar para conter admitia não só a diferença política autoritária –quando não a incentivava, se necessário –, mas a diferença econômica,que é agora hostilizada pelo contra-conceito generalizante de“protecionismo”, com que se caracteriza a experiência anterior dodesenvolvimentismo.Claro está que a abertura de mercados não era então alheia àsiniciativas americanas como o testemunham a criação do FMI, do BancoMundial, do GATI ou a concepção do Plano Marshall. Mas o lugar daordem política era primordial. A democracia estava para a idealidade dosvalores, assim como o mercado para a realidade dos interesses, e o apeloa valores é fundamental para forjar consensos, inclusive na própriasociedade americana: os surveys de opinião geralmente revelam, desdeos anos 50, que o público manifesta mais orgulho por suas instituiçõespolíticas do que por sua ordem econômica. No contexto de maiorimportância, a Europa do pós-Guerra, a democracia – regime de liberdades– era oposto simétrico do comunismo, neste caso de partidos comunistasinfluentes, como na França, na Grécia ou na Itália.No pós-Guerra Fria, o novo conceito é, ele também, matéria de“ampliação”. Na presumida ausência de discurso alternativo, funcionacomo matéria de adesão que, se antes era voluntária e parcial, agora éparte das forças das coisas. Por todo este longo documento perpassa um“espírito” de transformação do ambiente externo em espelho demagnificação, como, por exemplo, a noção de que alianças são produtosde pura escolha por parte do “líder”. Um tom que é alterado apenas nosdois cuidadosos parágrafos dedicados à China e às “diferenças” quanto aquestões de direitos humanos, proliferação e comércio (p. 43).30

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