10.07.2015 Views

Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

área de influência de Moscou; por sua vez, o Kremlin não se oporia a taistransformações. A questão báltica era considerado assunto interno daURSS e, nesse sentido, Gorbachev resistiu pela força à secessão daLituânia. Como havia interesse em Washington em administrarpacificamente as mudanças na União Soviética e na Europa Oriental,este ajuste informal foi respeitado. 62No primeiro encontro de cúpula, em Malta (dezembro de 1989),– que Gorbachev, na sua nova condição, desde muito requestava –, Bushindicou estar disposto a encetar negociações de acordo de comércio semrestrições na cláusula de nação mais favorecida. Os EUA apoiariam,outrossim, as diversas gestões soviéticas com vistas a participar dosprincipais mecanismos institucionais na ordem econômica internacional.Por outro lado, respondiam favoravelmente às colocações de Gorbachev,no que tange ao desarmamento controlado e à redução nos efetivos militares.<strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> e URSS deixavam de ser inimigos. Nessecontexto, o presidente americano, à guisa de contrapartida, instava odirigente soviético a pressionar no hemisfério ocidental, a exemplo do quefizera em África e Ásia, os seus aliados ~ uma composição nos seuslitígios internos e regionais. Conquanto parecesse previsível a respostanegativa de Fidel Castro a esse tipo de sugestão, Bush contava com acooperação do Kremlin sobremodo para obter a interrupção da ajuda doregime sandinista aos guerrilheiros salvadorenhos, assim como atitudemais flexível no capítulo eleitoral.A tal respeito, cabe assinalar que, enquanto os sandinistaspermaneceram no poder, persistiu o auxílio aos insurgentes da FrenteFarabundo Martí. Quanto ao segundo tópico, importa precisar que aconcordância da junta encabeçada por Daniel Ortega na realização deeleições livres em fevereiro de 1990, sob a supervisão da OEA, resultaria.2 Vide Spanier, 1. e Hook, S. W, American foreign policy since World War II, p. 248.164

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!