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Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

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em uma de suas encarregaturas de negócio envia, a 22 de fevereiro de1946, mensagem que se tornaria famosa como o “longo telegrama”. Oimpacto logrado por essa comunicação continuará a ser visto por seusepígonos com admiração e talvez uma pitada de inveja. Assim o descreveo autor:“O presidente, suponho, o leu. O secretário da Marinha, James Forrestalfê-lo reproduzir (...) como leitura obrigatória para centenas de oficiaissuperiores nas Forças Armadas. O Departamento de Estado respondeucom uma mensagem de elogio. Com a recepção em Washington dessadissertação telegráfica procedente de Moscou, a minha solidão oficialchegara ao fim – ao menos por um período de dois a três anos. O meunome estava feito.” 6Segundo Kennan a entusiástica acolhida reservada à comunicaçãose deveria sobretudo à sua oportunidade. Seis meses antes seria lida comceticismo; seis meses depois, soaria redundante. Muito de seu sucessoseria porque vinha no momento certo. O teor da mensagem se cingia,basicamente, à visão soviética do pós-guerra, e os seus fundamentos; asua projeção a termos de política oficial; a sua projeção em nível de políticanão-oficial, isto é, a sua implementação através de organizações defachada; e as implicâncias de todo esse quadro para a política americana.No sumário conclusivo, Kennan expunha como deduções práticas, anatureza irreconciliável dos dois regimes, atendida a convicção soviéticada impossibilidade de um modus vivendi permanente entre Moscou eWashington. Por conseguinte, para que possa ser seguro o poder comunista,se tornaria desejável e necessário romper-se não só a harmonia internada sociedade americana, mas também a autoridade internacional dos<strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong>. 76 Apud Kennan, G. F., Memoirs (/925-1950), p. 310.7 V. Kennan, G. F. op. cit., p. 309 e 594-5, passim.112

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