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Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

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É decerto um feito notável que a OTAN tenha encontrado umanova razão de ser e de ampliar-se, até porque sua manutenção não pareciaóbvia ao iniciar-se a década de 1990. Contudo, seu Conselho adotou, em1991, uma revisão de “conceito estratégico”: ameaças à segurançadecorreriam menos de agressões deliberadas contra o território dos aliadosdo que das “conseqüências adversas de instabilidades... incluindorivalidades étnicas e disputas territoriais, enfrentadas por vários países naEuropa Central e Oriental” 27 Em conseqüência, a OTAN passou aimplementar decisões do Conselho de Segurança e da CSCE nos conflitosda Iugoslávia.O novo objetivo, a justificar a persistência da organização, passoua ser, em suma, a paz na periferia, ameaçada por eventuais conflitosdecorrentes do vácuo de poder na área antes sob dominação da antigaUnião Soviética. As operações de paz não substituíram antigaspreocupações. Passada a euforia, uma Rússia debilitada é ainda umapotência nuclear que pode inclinar-se para posições nacionalistas maisexaltadas e há forças políticas que atuam nesta direção.É sempre possível imaginar que as potências centrais da UniãoEuropéia estariam a altura de concertar-se para dar conta de conflitosperiféricos, mas certamente uma Rússia agressiva é toda uma outrahistória. Mas, neste caso, o poder econômico e diplomático europeu estariaem condições de condicionar o comportamento russo, como já aconteceranas transições soviética e da Europa Central, em que foi importante opapel da Alemanha. Mas este condicionamento apaziguador torna-se bemmais difícil com a ampliação da OTAN, a despeito das iniciativasamericanas no sentido de envolver e tranqüilizar a Rússia.27 Citado por Lepgold, Joseph. NATO’s post-Cold War collective action problem.International Security, v. 23, n° 1 (verão de 1998), p. 78-106; consultar, também, Eyal,Jonathan NATO’s enlargement: anatomy of a decision. International Affairs, vol. 73, n° 4(outubro de 1997), p. 695-719.37

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