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Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

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egionais, como no caso da Guerra do Golfo. Mas a estratégia bismarkianaé predominante no sistema central de alianças, onde se jogam as questõesmais importantes para o interesse’ nacional. Aí cabe ser a “naçãoindispensável”, para falar como Madeleine Albright 37 ; o “aliado de escolha”.Caberia, contudo, indagar se esta indispensabilidade, fruto, pelovisto, das forças das coisas, não permitiria conferir à cooperação esignificado de dependência, a provocar ressentimentos e reações que,por suposto, são teoricamente previsíveis. Minal, com todo seu brilho, apolítica de Bismarck foi exitosa por não mais que vinte anos.A resposta – de Joffe e de Nye – envolve referência a contextodiverso. As disputas territoriais do passado. eram jogos de soma zero. Naatualidade, as disputas essenciais são de natureza econômica, onde osganhos são mútuos, ainda que desproporcionais. A conexão entre estratégiae economia teria se tomado mais frouxa e as nações se sentem atraídaspelo Centro não apenas como árbitro político, mas como provedor dascondições institucionais da economia global: “hoje [sugere Joffe] a Europae a América ameaçam-se mutuamente com a guerra econômica, mas oconflito normalmente se interrompe porque todos estão mortalmentetemerosos de destruir o sistema global de comércio”.Fornecendo bens públicos – instituições de segurança e decooperação econômica – os <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> poderão persistir no exercíciode seu imperial soft power – e o conjunto de seus interesses pode conciliarsecom os de seus aliados, no essencial. Neste sentido, o que se obtém éuma primazia benigna, que envolve não apenas superioridade militar, mas,até mesmo, em versão ampliada, superioridade econômica em termosquer de iniciativa, quer de veto, quer de ganhos. 3837 Nye, Jr., Joseph S. Redefining the national interest. Foreign Affairs, v. 78, n° 4 julhoagostode 1999, p. 24-35.38 Kapstein, Ethan B. Does unipolarity have a future?”, in Kapstein, Ethan B. e Mastanduno,Michael. Unipolar politics: Realism and state startegies after the Cold War. Nova York:Columbia University Press, 1999.51

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