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Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

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democrático. “Integração” pode ser objeto do mesmo procedimento dedesconstrução: é a arriscada organização do mundo à luz do liberalismo,sob a liderança (neste caso, liderança, não primazia) dos <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong>,de forma não diversa do ocorrido na Guerra Fria – quando outros eram osriscos. É verdade que o país líder eventualmente escapa à plenitude daordem liberal – como na invocação da “soberania nacional”. É difícil aoconselho político obedecer à universalidade de regras kantianas.O mundo fragmentado é o cenário das ameaças difusas a que viráa aludir a estratégia de envolvimento e ampliação. A mão visível é a daliderança, que, neste caso, supõe forte dosagem de cooperação, pelo menosentre os <strong>Estados</strong> que compuseram o Primeiro Mundo – uma cooperaçãoaprendida na Guerra Fria e que servirá, por adaptação, a novos propósitos.E cooperação, enfim, é termo que também não escapa à polissemia...A condução das alianças e o sentido da cooperaçãoPara um amigável observador europeu 36 , parece estranho –contra-intuitivo e contra-histórico – que a primazia americana no pós-Guerra Fria não se veja desafiada: “história e teoria ensinam que o sistemainternacional tem aversão à primazia”.Seria de se esperar que os aliados da Guerra Fria de algumaforma debandassem e que o sistema internacional sofresse reestruturaçõespara conter os poderes da única superpotência, porque desaparecem osmotivos iniciais das alianças. E, contudo, os <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> não sómantiveram como expandiram seu sistema de alianças, até mesmoincorporando adversários do período anterior. Não é que faltemcompetidores capazes de conter os <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong>, senão só, pelo menosem coalizão: há a União Européia com duas potências nucleares e umaeconomia maior que a americana; a Rússia ainda se estende por enormeterritório e retém um poderoso arsenal nuclear; o Japão dispõe da segunda36 V. Nathan. J. e Oliver, J., Foreign policy making and the American political system, p. 168.48

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