10.07.2015 Views

Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

maior economia do mundo e a China, da maior população e de armasnucleares. Mas a despeito das manifestações chinesas, francesas e russassobre uma ordem mundial com centros de poder que não apenas os <strong>Estados</strong><strong>Unidos</strong>, às verbalizações não se segue qualquer movimento efetivo.Enquanto o trabalho de Gaddis prestou-se ao entendimento – nos<strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> – do novo ambiente internacional e de por que suas novasameaças fragmentadoras requerem uma política externa em muito similara anterior, envolvendo a continuidade da liderança, o de Joffe permiteperceber como a liderança se exerce; na realidade, de como a primaziase legitima, o que é inesperado.Os <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> não têm pretensões de conquista territorial,como as que provocaram tantas guerras européias ou as tradicionaisexpansões coloniais. Ao que se poderia acrescentar um ponto que Joffetangencia: trata-se, e assim é ao menos neste meio século, de abrirmercados, não de conquistar territórios – este último um motivo clássicopara guerras.Não se valendo da coerção clássica – sugere Joffe – os <strong>Estados</strong><strong>Unidos</strong> não tendem a inspirar alianças hostis. Se não buscam a imposiçãomilitar, a escolha estratégica mais pertinente assemelha-se, ao que parece,ao poder de veto: impedir eventuais alianças hostis.A Inglaterra, em sua política européia, agia no sentido de tomartais alianças impossíveis. Insulada, intervinha contra o hegemoncontinental, unindo-se aos poderes mais fracos: anti-hegemonia semenvolvimento. “O nome do jogo era equilíbrio, não conquista – pelo menos,não na Europa.” Esta foi também a grande estratégia americana nasduas guerras mundiais.Uma segunda alternativa é a que Joffe vincula a Bismarck, eestaria sendo seguida pelos <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> como aspecto principal desua grande estratégia em um “jogo global” inimaginável à época do chanceler49

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!