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Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

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externas: a política dos <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> não parece requerer a existênciade colonos convictos.É a “fórmula política”, a pretensão à legitimidade, que impõe oecletismo, e este oscila entre a guarda dos interesses da humanidade e a.pura política de poder, entre a cooperação multilateral e o unilateralismo.Não se trata, contudo, de manobra ideológica banal, de uma racionalizaçãosimplória, pela qual os “assuntos da humanidade” encobrissem a vontadede poder. Ambos os pólos se integram numa política unificada, cujaconsistência é garantida como característica que diferencia a superpotênciados outros <strong>Estados</strong>, aliados ou não: é sua hegemonia, agora num sentidomais amplo que o militar. Uma consistência aglutinadora, que se reflete,por exemplo, no debate sobre a grande estratégia americana: o observadoré surpreendido pela notável convergência que resulta do que, à primeiravista, são correntes opostas da opinião ilustrada ou propostas divergentesde lideranças políticas. O todo permanece na variação das partes.Diagnósticos e prognósticos se complementam, consoante enfatizem“idealismo” ou “realismo”, legitimidade ou poder. A Doutrina Clinton ébem-sucedida na medida em que unifica e reverbera estes olharesdiferenciados.Defensores da “primazia” divergem radicalmente de adeptos da“segurança cooperativa” e, contudo, encontram-se representados em umecletismo de vocação hegemônica, que, por outro lado, isola e repele asalternativas críticas do neo-isolacionismo, sempre temido, por vezes deorigem “radical” (ou seja: à esquerda), e habilmente utilizado como contraconceitona retórica do “envolvimento e da ampliação”.A mão visível da integraçãoNuma análise que sintetiza preocupações do momento inicial dopós-Guerra Fria, antecipando formulações que se tornaram comuns, ofestejado e canônico historiador da Guerra Fria, John Lewis Gaddis,43

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