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Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

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encetassem negociações com vistas a se transformarem em membrosplenos da OTAN104, condição a que os três países ascenderiam em marçode 1999.Aos reclamos e vãs ameaças de Boris leltsin acompanhou acompreensível reação dos meios políticos russos. As protestações seriammais fortes entre os comunistas e a direita nacionalista. Entretanto,atendidas as características do processo, a opinião pública daquele paístenderia a encarar com desfavor, senão desconfiança, o novo formato daaliança militar ocidental.Por mais que se dissesse o contrário, avultava a presunção deque o avanço da OTAN em região antes submetida à influência soviéticaestivesse precipuamente voltado contra a Rússia. Como explicar doutromodo o afã das três nações centro-européias – sem falar das consignadaà lista de espera – em acorrer ao Pacto Atlântico? À vista da proximidadegeográfica que tanto pesara no passado, as motivações de inserção noespaço democrático ocidental seriam decerto válidas, mas semelhavamcorolário de preocupação maior.Nos <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> as dúvidas iniciais do Pentágono continuarama ser partilhadas por segmentos da opinião, que não deixariam de refletirseno Congresso. Argumentava-se o pouco interesse estratégico em alargara leste os domínios da OTAN, a par dos inevitáveis reflexos sobre aRússia, que não poderia não sentir-se visada pela ampliação da aliança.Prevaleceu, porém, e com apoio republicano, a tese da administração,que, na essência, derivava de alteração ponderável na correlação depoderes.A reforma da OTAN é um processo em curso, de que somos osespectadores. Preservada a organização, pela conjunção dos interessesde seus membros – aos <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong>, a permanência na Europa; aoseuropeus, a possibilidade de suprir com o braço americano as respectivas220

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