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Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

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serem um país de imigração, o que obrigaria a classe política a levar emconta, na condução da política externa, as opiniões dos diferentes setores“europeus” da população. Da mesma maneira, não seria totalmente forade propósito afirmar que os governos que fizeram uma política isolacionistasempre tiveram presente a relação de forças entre os <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> eos impérios europeus e o Japão - relação essa que começa a alterar-secom a assinatura do pacto sobre tonelagem das marinhas de guerra, nosanos 20.Quando se fala em isolacionismo durante todo o peóodo que vaida guerra contra a Espanha até a entrada na Primeira Guerra Mundial e,depois, de 1919 até 1939, não se deve esquecer que essa política traduzuma relação de afastamento do que ocorre no cenário europeu, mas nãoo abandono das posições na América Latina. A independência do Panamá,em 1903, e a abertura do Canal, em 1914, são, por assim dizer, o prenúnciode uma política de expansão a um tempo “territorial”, traduzida nos, constantes desembarques e controles temporários de alfândegas, ecomercial, expressa na expansão das relações econômicas com asAméricas Central e do Sul. Os partidos e intelectuais sul-americanos que248se opuseram nos anos 20 e 30 ao imperialismo dos EUA erraram na suaapreciação do fenômeno expansionista. Erraram porque partiram doprincípio de que os desembarques na América Central e nas Antilhas e aconstrução do Canal indicavam, sem possibilidade de erro, que os <strong>Estados</strong><strong>Unidos</strong> iriam lançar-se à ocupação de territórios na América do Sul. Naverdade, por não ponderar corretamente os fatores segurança e comércio,não puderam ver que o dragão já estava saciado e que, a partir de 1914,pretendia apenas conservar e aumentar o comércio com os países do Sul,reduzindo a influência inglesa.A recusa do presidente T. Roosevelt a intervir quando da ocupaçãode portos venezuelanos, em 1904, foi indicativa de que, garantida a249

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