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Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

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edução do contingente militar estadunidense, a ser contrabalançado pelopoder aéreo e a intervenção de forças locais. Tratava-se da chamada“vieinamização do conflito”. Se as perdas dos <strong>Estados</strong> <strong>Unidos</strong> fossemmenores, Nixon e Kissinger contavam ter mais margem de manobra juntoao povo americano para negociar um entendimento com o Vietnã do Norte.Não obstante esse projeto, o caminho seria longo e acidentado – vide osbombardeios secretos no Camboja, a derrubada de Sihanouk e oalastramento dos combates àquele país, os “Papéis do Pentágono”, etc.Somente em seu segundo mandato, em fevereiro de 1973, com os Acordosde Paris, seria selado o fim da guerra para os americanos. A composiçãodaria uma sobrevida ao regime de Saigon de cerca de dois anos. Em abrilde 1975, esboroou-se o Estado sul-vietnamita e os últimos fuzileirosamericanos tiveram de ser retirados de helicóptero do teto de embaixadaprestes a ser investida pelos vitoriosos soldados de Ho Chi Minh.Se Kissinger permanecera, posto que um tanto enfraquecido, comosecretário de Estado da administração Ford, Nixon fora arrastado peloescândalo Watergate. De nada valiam as suas eventuais promessas secretasde ajuda ao governo sul-vietnamita. 45O processo de Watergate, ao colocar uma pausa à chamadapresidência imperial, também contribuíu para presença maior do Congressono campo da política externa. Com o poder executivo debilitado, cresceua influência parlamentar. No que concerne à diplomacia, as duas câmaraspassaram a constituir, senão outro núcleo de poder em matéria de relaçõesexteriores, uma voz em capítulo, com efeitos vinculantes e restritivos. P.Kennedy 46 a esse respeito especula acerca das injunções da novarealidade sobre a diplomacia de Kissinger. Conquanto sedulamentedefendida pelo próprio, através de três avultados livros de memórias, e deinfluente grupo de simpatizantes, a Realpolitik do professor de Harvard45 V. Conhen, W., op. cit .,171-9, passim.46V. Kennedy, P., op. cit., p. 409.143

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