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Estados Unidos: Visões Brasileiras - Funag

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muito embora guarde traços fortes da herança da administraçãorepublicana anterior – a do presidente Bush.Sedimenta-se, vale reiterar, uma política externa que vai adquirindoconsenso desde o fim da Guerra Fria 47 . Um juízo que parte caminho comPosen e Ross, que vem, no ecletismo, disjunção e alguma inconsistência,resultante de pressões cruzadas: seu ativismo, que decorre de “propósitosambiciosos”; as restrições do ambiente internacional, que tornam asambições irrealizáveis sem o exercício do poder e de liderança americana;a tendência ao unilateralismo de parcela da elite do país, em particularrepublicanos no Congresso; um público sem interesse nas questõesinternacionais, embora não isolacionista.As “pressões cruzadas” hão de ser relevantes, eventualmenteinevitáveis no contexto de decisões políticas – ainda que caiba, sempre,descrevê-las. Mas é plausível dar conta do ecletismo, o que vem sendoaqui intentado, à luz das necessidades de ação e de persuasão internas eexternas. O mix de realismo e idealismo, unilateralismo e multilateralismodescreve a realidade e captura a vitória da política externa americanapós-Guerra Fria. Sugere-se, como mera hipótese de trabalho, que ofenômeno está presente também no período da Guerra Fria. 48Para ficar na atualidade, e nos exemplos que nossos autoresrecolhem da estratégia de envolvimento e ampliação, não há incoerênciaentre demandar soluções cooperativas para ameaças transnacionais emanter força militar capaz de .lidar unilateralmente com estas mesmasameaças; nem a de propor as muitas siglas de cooperação econômica aolado da ênfase na competitividade americana, e assim por diante.47 Evidências e sugestões para este ponto aparecem em Callahan, David. Between twoworlds: Realism, idealism and American foreign policy after the Cold War. Nova York:Harper CoIlins Publishers, 1994, esp. Caps. 3, 4 e 5.48 Para continuidades entre os dois períodos, Layne, Christopher e Schwartz, Benjamim.American hegemony without an enemy. Foreign Policy, v . 92, outono, de 1993, p. 5-23.61

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