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Sociedade, Tecnologia e Inovação Empresarial - Presidente da ...

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em consórcio? Em primeiro lugar, o que se procura com o apoio àquelainvestigação não é tanto o resultado dos projectos, que se espera sejambons e cheguem ao mercado, o que se procura é também a criação decapaci<strong>da</strong>des. E a criação de capaci<strong>da</strong>des em Portugal é, em grande parte,criação de laços de cooperação entre as empresas e o sistema de investigação,em particular o sistema universitário. Como a população portuguesatem um baixo nível de formação, a maioria <strong>da</strong>s empresas nãotinha ain<strong>da</strong>, há bem poucos anos, nem um engenheiro nem um economista.Era muito difícil, por muito que o desejássemos, que asempresas cooperassem com as universi<strong>da</strong>des porque para além de nãoterem os mesmos ritmos nem os mesmos objectivos imediatos, nemsequer tinham laços humanos para a cooperação. E a cooperação entreempresas e universi<strong>da</strong>des é feita pelos engenheiros que falam com osantigos colegas que agora são investigadores ou que de alguma formatêm funções em sistemas de investigação, quer seja em centros tecnológicosquer seja nas universi<strong>da</strong>des. Só agora é que começa a haverrecursos humanos em dimensão significativa para que a articulaçãoentre universi<strong>da</strong>des e empresas comece a ser um objectivo credível enão uma mera curiosi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> política tecnológica. E portanto a minhatese é que agora é que começa a haver condições para implementaruma política tecnológica em Portugal e não apenas um conjunto deboas intenções. Todos nós, desde há muitos anos, an<strong>da</strong>mos a pugnarpela inovação em Portugal sem resultados palpáveis. O que me pareceé que começa a haver condições para que este problema <strong>da</strong> investigaçãoempresarial e <strong>da</strong> articulação com as universi<strong>da</strong>des e a investigaçãoem geral comece a ser um problema com perspectivas de solução, epenso que isso está a acontecer. Ain<strong>da</strong> há condições históricas que têmque ser supera<strong>da</strong>s, e algumas são culturais — o deficit de formaçãoreflecte-se na inércia <strong>da</strong> cultura. Mas começam a emergir novas geraçõesque têm outro comportamento, que têm a ver com outra época.Não me queixo de não haver procura dos sistemas de financiamentoque gerimos. Todo o dinheiro disponível foi gasto. E no caso do ICPME,em relação ao último programa em que houve dinheiro, os pedidoseram mais do triplo <strong>da</strong>s verbas disponíveis. Não há portanto falta deprocura por parte <strong>da</strong>s empresas. Conseguiu-se um alargamento signi-Lino Manuel Gomes Fernandes1 0 5Financiamento <strong>da</strong> inovação empresarial

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