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Sociedade, Tecnologia e Inovação Empresarial - Presidente da ...

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Os empresários, sem qualquer qualificação académica, em regra,transformaram-se em gestores competentes com um apurado sentidoestratégico e uma visão esclareci<strong>da</strong> do mundo.O número de empresas aumentou em 20 anos de 673 para 1590, oemprego cresceu de 15 299 trabalhadores para 56 430, a produção passoude 15 milhões de pares/ano para 103 milhões e as exportações aumentaramde 5 para 96 milhões de pares, a que equivale um valor de cerca de 300milhões de contos, aproxima<strong>da</strong>mente 8% <strong>da</strong>s exportações totais do País.Foi um período de rara intensi<strong>da</strong>de na criação de uma indústria novaem Portugal. O país em geral chamava-lhe tradicional ou madura e osmodelos económicos consideravam-na «condena<strong>da</strong>». O debate políticoestimulava, até por via legislativa, a criação <strong>da</strong>s chama<strong>da</strong>s indústriasnovas como a robótica, a biotecnologia, as tecnologias <strong>da</strong>s comunicaçõese <strong>da</strong> informação, que haveriam de mu<strong>da</strong>r, completa e rapi<strong>da</strong>mente,a estrutura <strong>da</strong> economia portuguesa, assente em sectores obsoletos defraca intensi<strong>da</strong>de de capital, baseados numa lógica de competitivi<strong>da</strong>devia custos — leia-se mão-de-obra barata e baixa qualificação. Algunsarautos desta perspectiva, chegaram a afirmar, publicamente, sonharcom um Portugal que em 2000 já não produzisse têxtil, vestuário oucalçado. E, no entanto, aqui estamos.A Associação Sectorial — APICCAPS alertou quem devia para os perigosde uma tal evolução que se desenhava para a economia portuguesa.Longe de nós admitir que o País não deveria estimular o aparecimentode indústrias novas. O que não deveria era ignorar to<strong>da</strong> a sua herançaindustrial, na qual assentava o emprego e a produção de riqueza.A APICCAPS iniciou então (há 20 anos) uma ver<strong>da</strong>deira cruza<strong>da</strong> assentenos seguintes argumentos, constantes de vários estudos de naturezaestratégica e de toma<strong>da</strong>s de posição pública:«…o recurso à dicotomia indústrias tradicionais/indústriasmodernas e, por consequência, indústrias em declínio/indústrias emdesenvolvimento e, por associação, indústrias de baixo valoracrescentado/indústrias de alto valor acrescentado, é de todo inadequadopara a perspectivação do futuro <strong>da</strong> indústria de calçado e paraa formulação de uma política industrial.Debates6 6<strong>Socie<strong>da</strong>de</strong>, <strong>Tecnologia</strong> e <strong>Inovação</strong> <strong>Empresarial</strong>

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