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Sociedade, Tecnologia e Inovação Empresarial - Presidente da ...

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diferenciados nos vários países. A desregulamentação dos serviços «regulados»parecia ser um fenómeno mundial, iniciado no princípio <strong>da</strong>déca<strong>da</strong> de oitenta nos Estados Unidos e no Reino Unido e que foi paulatinamentealastrando a todo o mundo desenvolvido. Apesar disso, anecessi<strong>da</strong>de de desregulamentação dos mercados laborais afectava sobretudoa Europa.A noção de esclerose europeia surgiu no início dos anos oitenta parajustificar o constante aumento <strong>da</strong> taxa de desemprego na Europa. Estacaracterização constitui uma visão parcial, e não tem em conta a quali<strong>da</strong>dedos postos de trabalho e as taxas globais de desemprego. Essedesemprego tem a ver também com estilos de vi<strong>da</strong> e tradições diferentesna Europa. Apesar disso, o debate gerado fazia eco de uma pressãogeneraliza<strong>da</strong> para que as regras e as práticas dos mercados laboraisfossem reforma<strong>da</strong>s, para que se fizessem alterações a curto prazo nosmercados produtores e para que fossem utilizados novos modelos deorganização (dentro <strong>da</strong>s empresas e entre elas) e «activação» <strong>da</strong>s empresas.Essa transformação foi facilita<strong>da</strong> em qualquer um dos casos pelamu<strong>da</strong>nça <strong>da</strong> estrutura sectorial do emprego. O aumento <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des<strong>da</strong> área dos serviços, muito menos institucionaliza<strong>da</strong>s do que asde produção, ajudou a flexibilizar os mercados laborais. Esta mu<strong>da</strong>nçana estrutura do emprego foi tanto mais aberta às novas formas de organizaçãolaboral quanto as activi<strong>da</strong>des do grande sector de serviços— no qual o trabalho estava mais organizado e onde práticas mais rígi<strong>da</strong>slimitavam a organização do trabalho —, no qual a pressão para adesregulamentação e as reorganizações que se seguiram nos seus processosde produção. No final dos anos oitenta a flexibili<strong>da</strong>de dos mercadoslaborais era a principal questão na agen<strong>da</strong> política, de que éexemplo o estudo <strong>da</strong> OCDE sobre desemprego nacional e questõessobre a criação de emprego (OCDE, 1995).Só no final dos anos noventa é que o debate político se alargou porforma a incluir a discussão mais geral do trabalho, do não-trabalho edo estatuto do trabalho. Muitos dos conceitos utilizados eram reminiscênciasdos anos sessenta. No entanto, os debates eram novos enão copiaram os que tiveram lugar após a Segun<strong>da</strong> Guerra Mundial,na medi<strong>da</strong> em que a maioria dos países ricos <strong>da</strong> OCDE, nos quais esseLuc Soete1 5 7A Europa e as políticas tecnológicas nacionais…

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