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Sociedade, Tecnologia e Inovação Empresarial - Presidente da ...

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eali<strong>da</strong>de não confirma a teoria, o problema é <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de. Ou seja, éporque o sistema não funciona bem. E assim, insensivelmente, a economia,sem o confessar e sem que muitos disso se apercebam, deixade analisar o que se passa para estu<strong>da</strong>r o que se deveria passar.»Foi assim durante largos anos, e ain<strong>da</strong> é assim muitas vezes, vezesde mais, com a indústria portuguesa de calçado. Rotula<strong>da</strong> de tudo oque é a antítese do progresso e associa<strong>da</strong> à imagem do que Portugalnão deveria ser, transformou-se num dos sectores mais competitivos<strong>da</strong> economia portuguesa e num dos mais modernos do mundo.Ao promover um debate sobre «<strong>Socie<strong>da</strong>de</strong>, <strong>Tecnologia</strong> e <strong>Inovação</strong><strong>Empresarial</strong>», o Senhor <strong>Presidente</strong> <strong>da</strong> República confirma as preocupaçõesque lhe conhecemos acerca de uma visão moderna e solidária domundo. Mas, sobretudo, uma visão descomprometi<strong>da</strong>. O convite queme fez para abor<strong>da</strong>r o tema <strong>da</strong> «<strong>Inovação</strong> e atitude cultural» confirma-o.Estou-lhe grato por isso.Da<strong>da</strong> a quali<strong>da</strong>de e competência científica de muitos dos palestrantesneste colóquio, não se esperará de mim qualquer construção profun<strong>da</strong>de natureza sociológica sobre a «Atitude cultural» e a sua relaçãocom a «<strong>Inovação</strong>». O interesse do meu contributo será mais o de revelara minha própria experiência de actor e testemunha do processo demu<strong>da</strong>nça de um sector industrial teoricamente «condenado». Mu<strong>da</strong>nçagera<strong>da</strong>, eventualmente, por um modelo cultural diferente que me parecenão existir. Pelo menos, no sentido de um modelo de gestão modernae científica, de acordo com os manuais dos últimos gurus <strong>da</strong> gestão,traduzindo uma atitude racional codifica<strong>da</strong>.O que houve, quase sempre, foi, isso sim, algum bom senso. Sensocomum. Intuição. Sentido prático. Saber tácito. O conhecimento vulgare prático com que no quotidiano orientamos as nossas acções e <strong>da</strong>mossentido à nossa vi<strong>da</strong>, enriquecendo a nossa relação com o mundo.Enquanto, por exemplo, em regra os empresários e as suas estruturasrepresentativas tendem a desenvolver cenários de crise como tácticade reivindicação junto do Estado, para a obtenção de apoiosfinanceiros ou práticas defensivas de natureza administrativa, a indústriaportuguesa de calçado fez sempre o contrário, desenvolveu umaestratégia de progresso e de abertura ao exterior.Debates6 4<strong>Socie<strong>da</strong>de</strong>, <strong>Tecnologia</strong> e <strong>Inovação</strong> <strong>Empresarial</strong>

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