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Sociedade, Tecnologia e Inovação Empresarial - Presidente da ...

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Gostava de deixar uma outra linha de reflexão sobre o sistema deinovação no sentido preciso do conceito — que vem a propósito, justamentepor estarmos a preparar o QCA III. A minha questão de parti<strong>da</strong>é basicamente esta: o QCA III tem, como é sabido, como objectivocentral colmatar o atraso estrutural do nosso país em relação ao quadroeuropeu onde ele está inserido. Mas reduzir o atraso estruturalimplica aprender mais depressa. Aprender mais depressa o que os outrosentretanto aprenderam a fazer, e também inovar, e criar mais soluçõespróprias. Ora para aprender mais depressa torna-se imprescindível terum sistema de inovação mais eficaz. Hoje, todos os países <strong>da</strong> zona <strong>da</strong>OCDE têm uma política integra<strong>da</strong> de apoio à inovação porque reconhecemque os sistemas de inovação têm falhas, falhas de mercado efalhas de sistema, tendo pois que haver uma política pública expressapara colmatar essas disfunções. Ora, no nosso caso, o sistema de inovaçãotem to<strong>da</strong> uma gama de fragili<strong>da</strong>des, repeti<strong>da</strong>mente diagnostica<strong>da</strong>s,cuja ultrapassagem passa, a meu ver, por atacar a questão emquatro frentes.A primeira é criar condições envolventes mais benéficas para essadinâmica <strong>da</strong> inovação. A segun<strong>da</strong>, que muitas vezes é descura<strong>da</strong>, épura e simplesmente estimular a difusão <strong>da</strong>s soluções que já são conheci<strong>da</strong>sao nível internacional, pois nós não temos que voltar a «inventara ro<strong>da</strong>» em Portugal. Muito mais importante é difundir bem as boassoluções que já são conheci<strong>da</strong>s, e isso muitas vezes é secun<strong>da</strong>rizado.A terceira frente consiste no funcionar em rede, funcionar em cluster,associando empresas, centros de investigação, de formação, de educaçãoe o sistema financeiro de suporte, porque sem isso muitas boassoluções bloqueiam. E, finalmente, a quarta frente é pegar em projectosconcretos, que ligam uma escola, um centro tecnológico, umaempresa, justamente para que possa haver inovação num novo produto,num novo serviço. Essa montagem de projectos concretos é umtrabalho absolutamente fun<strong>da</strong>mental, que tem que ser ampliado, mesmodramaticamente ampliado nos próximos anos no nosso país.Portanto, estas são as quatro frentes sem as quais nós não podemosfalar ver<strong>da</strong>deiramente numa política integra<strong>da</strong> de inovação. Tal implicaarticular política tecnológica, industrial, de educação, com política cien-Maria João Rodrigues2 3 9Trabalho, formação e inovação

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