11.07.2015 Views

Sociedade, Tecnologia e Inovação Empresarial - Presidente da ...

Sociedade, Tecnologia e Inovação Empresarial - Presidente da ...

Sociedade, Tecnologia e Inovação Empresarial - Presidente da ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A terceira linha de desenvolvimento do SCTN resultou menos deuma orientação premedita<strong>da</strong> <strong>da</strong>s políticas públicas, e mais de um conjuntode factores em certa medi<strong>da</strong> espontâneos. Esta linha de desenvolvimentotem a ver com a expansão durante as déca<strong>da</strong>s de 80 e 90do sector <strong>da</strong>s IPs/FL, já anteriormente referencia<strong>da</strong>. As razões para estaexpansão são várias, mas é possível identificar dois factores principais.Em primeiro lugar, os investigadores nas universi<strong>da</strong>des desenvolveramuma percepção crescente <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de executarem activi<strong>da</strong>des deextensão, articulando os seus conhecimentos com as necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>sempresas. Em segundo lugar, os fundos provenientes <strong>da</strong> Comuni<strong>da</strong>deEuropeia, através do Programa Quadro de IDT e dos QCA, criaramoportuni<strong>da</strong>des para o aparecimento deste tipo de enti<strong>da</strong>des, que foramorganiza<strong>da</strong>s num modelo mais flexível que o dos laboratórios públicosou dos centros de investigação anexos às universi<strong>da</strong>des. A grandediversi<strong>da</strong>de de enti<strong>da</strong>des que foram cria<strong>da</strong>s tende normalmente a seridentifica<strong>da</strong> com integrantes de uma «infra-estrutura tecnológica». Essasenti<strong>da</strong>des são no entanto bastante heterogéneas, tanto em termos demodelo de organização, como dos papéis desempenhados e dos níveisde desempenho (Godinho et al., 1999). Algumas destas instituiçõesforam cria<strong>da</strong>s a partir do orçamento governamental de C&T, enquantoque outras surgiram a partir do esforço explícito do Ministério <strong>da</strong>Indústria para criar uma rede de uni<strong>da</strong>des de apoio tecnológico àsempresas.Estas três linhas de desenvolvimento do SCTN que acabámos dedescrever de forma muito sucinta nos parágrafos anteriores, podemser vistas como resultando <strong>da</strong> interacção de diferentes conceitos. Jáforam referi<strong>da</strong>s as influências recebi<strong>da</strong>s <strong>da</strong> OCDE, designa<strong>da</strong>menteatravés dos dois exames às políticas portuguesas de C&T feitos sob aégide <strong>da</strong>quela organização internacional. Interessantes exercícios demobilização e análise foram também implementados na tentativa deconseguir articular a expansão do SCTN com as necessi<strong>da</strong>des dos sectoreseconómicos e <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de em geral (Caraça e Pinheiro, 1981;Caraça, 1987).Contudo, muitos dos esforços direccionados para o desenvolvimentodo SCTN não têm sido sistemáticos, registando-se uma muito signifi-Manuel Fernando Cília de Mira Godinho1 3 1Em que ponto nos encontramos em Portugal…

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!