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Sociedade, Tecnologia e Inovação Empresarial - Presidente da ...

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nas de produtos químicos e de equipamento eléctrico e <strong>da</strong> forma como,um pouco mais tarde, souberam tirar partido dos novos campos <strong>da</strong>engenharia química e electrotécnica, áreas em que as universi<strong>da</strong>desnorte-americanas mostraram grande capaci<strong>da</strong>de. Falei também <strong>da</strong> formacomo a grande capaci<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s universi<strong>da</strong>des norte-americanas na área<strong>da</strong> biotecnologia deu vantagens especiais às empresas sedia<strong>da</strong>s nosEstados Unidos, na altura em que a biotecnologia se tornou um forteinstrumento <strong>da</strong>s descobertas e dos desenvolvimentos farmacêuticos.Esses exemplos mostram que as ligações entre empresas e instituiçõesde ciência pública — sejam universi<strong>da</strong>des ou laboratórios — são, nãoraras vezes, de âmbito nacional. Através dos estudos em que participeinos últimos anos constatei de forma bastante eloquente que, muitasvezes, a força <strong>da</strong>s empresas nacionais depende de uma ciêncianacional pública forte nos ramos subjacentes ao <strong>da</strong> área de activi<strong>da</strong>dedessas empresas. Frequentemente essa força vem <strong>da</strong>s políticas doGoverno para apoio a essas ciências.Como sugerem as minhas observações anteriores, essas políticas deapoio à investigação podem ser necessárias para se obter uma indústrianacional forte, mas não chegam. Se não houver empresas que retiremeficazmente os benefícios desses programas na<strong>da</strong> se conseguirá depositivo, se o objectivo a atingir for o desenvolvimento económico.Por outro lado, os estudos levados a cabo mostram que o apoiodirecto do Governo às empresas de um determinado ramo de activi<strong>da</strong>deé uma aventura de resultados incertos e que depende, ele próprio,<strong>da</strong>s acções leva<strong>da</strong>s a cabo pelas próprias empresas. Não há qualquerdúvi<strong>da</strong> que as políticas proteccionistas e, em alguns casos, os subsídiosfuncionaram no sentido de permitir a um determinado ramo deactivi<strong>da</strong>de empresarial recuperar o terreno perdido. A indústria electrónicajaponesa dos anos entre 1960 e 1975 é um bom exemplo. Devemoscontudo ter presente que, neste caso, a política do Governo nãodestacou nenhuma empresa em particular e que, pelo contrário, haviaum forte ambiente de concorrência interna no Japão. Além disso, quantomais perto as empresas estão <strong>da</strong> fronteira, menos os programas doGoverno de apoio à I&D parecem conseguir substituir os programaspróprios <strong>da</strong>s empresas.Richard Nelson2 9<strong>Tecnologia</strong>, instituições e crescimento económico

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