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Sociedade, Tecnologia e Inovação Empresarial - Presidente da ...

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mos de contributos indirectos, <strong>da</strong><strong>da</strong> a escassez de empresas em sectoresdo tipo «ciência-intensivos». Finalmente, a parte relativa <strong>da</strong> despesaem I&D financia<strong>da</strong> e executa<strong>da</strong> pelas empresas tem vindo a diminuirdesde meados dos anos 80. É assim argumentável que a «falha de mercado»diagnostica<strong>da</strong> pela literatura terá continuado a verificar-se, vistonão se ter suscitado uma I&D empresarial robusta nem um ajustamentoestrutural <strong>da</strong> economia ao longo <strong>da</strong>s últimas déca<strong>da</strong>s em benefício desectores de maior intensi<strong>da</strong>de tecnológica.Contudo, é igualmente argumentável se a par <strong>da</strong> manutenção <strong>da</strong>referi<strong>da</strong> «falha de mercado», não existem outros dois tipos de «falhas»caracterizadoras <strong>da</strong> evolução <strong>da</strong> C&T portuguesa:• em primeiro lugar, uma «falha sistémica», relaciona<strong>da</strong> com a debili<strong>da</strong>de<strong>da</strong>s instituições e <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de económica, que se manifestaramincapazes de induzir e integrar o «sistema de inovação»— a análise realiza<strong>da</strong> sobre as interacções no âmbito <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>desde C&T e <strong>da</strong> inovação evidenciou precisamente a ausênciade uma forte dinâmica de sistema, demonstrando estarmos ain<strong>da</strong>numa fase pré-sistémica;• em segundo lugar, uma «falha governamental», relaciona<strong>da</strong> com adificul<strong>da</strong>de que as políticas prossegui<strong>da</strong>s têm demonstrado paratraçar linhas de fundo sustentáveis, de acordo com objectivos mobilizadores,práticos e pertinentes.Muito embora o modelo vigente não tenha inibido o progresso económicoaté aos anos 90, resta saber se no âmbito <strong>da</strong> uma nova economia,caracteriza<strong>da</strong> por uma maior intensi<strong>da</strong>de de produção e utilizaçãode conhecimentos e informação, ele permitirá, mesmo com os ajustamentosentretanto feitos, manter o rumo <strong>da</strong> convergência. Neste contextonão restam dúvi<strong>da</strong>s que apesar dos progressos registados emmúltiplos domínios, as possibili<strong>da</strong>des de aperfeiçoamento de abor<strong>da</strong>gens,ao nível <strong>da</strong>s políticas de C&T e <strong>da</strong> inovação, são certamente tambémmúltiplas.Manuel Fernando Cília de Mira Godinho1 3 5Em que ponto nos encontramos em Portugal…

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