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universidade federal do rio grande do sul instituto de filosofia e ...

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17pobres 8 . Na verda<strong>de</strong>, as conquistas <strong>de</strong> algumas mulheres têm se estrutura<strong>do</strong>nas costas da subordinação <strong>de</strong> outras: vá<strong>rio</strong>s estu<strong>do</strong>s têm mostra<strong>do</strong> umarelação direta entre o incremento da mão-<strong>de</strong>-obra feminina em profissões <strong>de</strong>alto prestígio e o aumento <strong>do</strong> serviço <strong>do</strong>méstico (MILKMANN, REESE eROTH 1998; COLEN, 1995; BRUSCHINE e LOMBARDI, 1999).Visto neste contexto, o serviço <strong>do</strong>méstico parece <strong>de</strong>svelar umasocieda<strong>de</strong> altamente diferenciada, on<strong>de</strong> a mo<strong>de</strong>rnização <strong>de</strong> alguns setoresdificilmente atinge uma eqüida<strong>de</strong> geral. Trata-se <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> que, comoapontam alguns analistas, mescla padrões <strong>de</strong>mocráticos <strong>de</strong> comportamento"com práticas políticas arcaicas e provincianas" (O'DONNELL apud BANCK,1999, p. 104).Marco teóricoA situação para<strong>do</strong>xal <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> não é novida<strong>de</strong> para a reflexãointelectual <strong>do</strong> país. Des<strong>de</strong> que a estrutura hierárquica da escravidão <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong>ser referência absoluta, tem-se discuti<strong>do</strong> as causas e características <strong>de</strong>ssepadrão nacional. O <strong>de</strong>bate oscila entre perspectivas que consi<strong>de</strong>ram assituações "arcaicas e provincianas" como meros bolsões residuais <strong>de</strong> umasocieda<strong>de</strong> em vias <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização e críticas que apontam para a exclusãosocial como parte estrutural <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento capitalistaMesmo partin<strong>do</strong> <strong>de</strong> subsídios teóricos diferentes – uns acusan<strong>do</strong> um<strong>de</strong>scompasso ante o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> parcelas da população e outrosevi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> o padrão <strong>de</strong> marginalização <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>a<strong>do</strong> pelo sistema – asdiversas partes <strong>de</strong>sta contenda mantêm em comum uma atitu<strong>de</strong> analítica quedispensa muito pouca atenção à lógica e práticas das classes subalternas8 Besse (1996) examina o alcance diferencia<strong>do</strong> das conquistas feministas em relação arealida<strong>de</strong>s femininas diversas.

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