12.07.2015 Views

universidade federal do rio grande do sul instituto de filosofia e ...

universidade federal do rio grande do sul instituto de filosofia e ...

universidade federal do rio grande do sul instituto de filosofia e ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

40<strong>de</strong> que forma essa discussão influenciou nosso olhar sobre os da<strong>do</strong>srecolhi<strong>do</strong>s em campo.A maior parte da literatura produzida nas Ciências Sociais, queconfigurou o <strong>de</strong>bate sobre o serviço <strong>do</strong>méstico, é influenciada, por um la<strong>do</strong>,pela teoria da mo<strong>de</strong>rnização e, por outro, pelas preocupações feministas. Estadiscussão será apresentada na primeira parte <strong>de</strong>ste capítulo, on<strong>de</strong><strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramos essa abordagem em obras mais centradas nas relações <strong>de</strong>trabalho e nas que <strong>de</strong>stacam as representações que acompanham o serviço<strong>do</strong>méstico. Prosseguimos, então, nossa discussão teórica com a contribuição<strong>do</strong>s historia<strong>do</strong>res sociais, os quais nos auxiliaram a colocar em relevo aperspectiva êmica, tanto das trabalha<strong>do</strong>ras, quanto <strong>de</strong> seus patrões.1.1 Serviço <strong>do</strong>méstico e as teorias da mo<strong>de</strong>rnizaçãoDentro da literatura científica o tema serviço <strong>do</strong>méstico começa a tervisibilida<strong>de</strong> nos anos 70 influencia<strong>do</strong>, por um la<strong>do</strong>, pelas teorias damo<strong>de</strong>rnização, e por outro, pelas discussões feministas 25 .Na Sociologia norte-americana <strong>de</strong> então, o <strong>de</strong>clínio <strong>do</strong> número <strong>de</strong>pessoas ocupadas com o serviço <strong>do</strong>méstico foi interpreta<strong>do</strong> como o re<strong>sul</strong>ta<strong>do</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico. A industrialização teria implementa<strong>do</strong> umadiversificação produtiva tal que o merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho para a <strong>do</strong>méstica teriatorna<strong>do</strong>-se pouco atrativo, assim como as novas tecnologias teriam alivia<strong>do</strong>consi<strong>de</strong>ravelmente o far<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong>méstico, permitin<strong>do</strong> que a <strong>do</strong>na <strong>de</strong>casa, sozinha, pu<strong>de</strong>sse executá-lo (COLLVER; LANGLOI, 1962; CHAPLIN,1978; entre outros).25 As críticas à teoria da mo<strong>de</strong>rnização cunharam o termo “<strong>de</strong>senvolvimentista” para divergirda noção <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> que aquela teoria portava, a qual propunha mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento totalmente <strong>de</strong>svincula<strong>do</strong>s da realida<strong>de</strong> local das socieda<strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>radas“sub<strong>de</strong>senvolvidas”. Sobre a ascendência da teoria da <strong>de</strong>pendência nas Ciências Sociaisbrasileiras po<strong>de</strong>-se con<strong>sul</strong>tar Weffort, 1970.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!