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universidade federal do rio grande do sul instituto de filosofia e ...

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45relações é i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> a raízes históricas da organização familiar patriarcal, oqual assume formas perversas na atualida<strong>de</strong>. Em Domesticida<strong>de</strong>: “cativeiro”feminino? estas relações são paradigmaticamente <strong>de</strong>scritas por Farias:Estruturalmente essa relação social <strong>de</strong> <strong>do</strong>minação-subordinaçãotorna ao mesmo tempo muito próximos patrões e empregadas <strong>de</strong>condição social muito <strong>de</strong>sigual, caracterizan<strong>do</strong>-se por isso,politicamente, como uma relação injusta e intrinsecamente violenta.A violência implícita nessa relação ordinariamente é mantida sobcontrole, por mecanismos <strong>de</strong> <strong>do</strong>minação e cooptação, característicada ‘or<strong>de</strong>m’ autoritária (paternalista inclusive) que permeia asrelações familiares, assim como as relações patronais (1983, p. 11).Um da<strong>do</strong> recorrente apresenta<strong>do</strong> em Muchachas.. são os <strong>de</strong>poimentosdas empregadas <strong>do</strong>mésticas, sejam elas sindicalizadas ou não, sobre aimportância que elas atribuem aos chama<strong>do</strong>s "bons tratos". Nas entrelinhas<strong>do</strong>s artigos percebe-se que essa reivindicação tem si<strong>do</strong> analisada comoindica<strong>do</strong>r <strong>de</strong> uma postura alienada frente à possibilida<strong>de</strong> da exploração quetais relações acarretam.O título <strong>de</strong>sse artigo introdutó<strong>rio</strong> <strong>de</strong> Muchacha... mostra claramente aproposta da obra: a estruturação <strong>de</strong> “um nuevo campo <strong>de</strong> investigación y <strong>de</strong>acción”. Assim, a coletânea preten<strong>de</strong> tanto levantar da<strong>do</strong>s empíricos, e tentariniciar alguma síntese teórica, quanto comprometer-se com uma ação política.Nesse senti<strong>do</strong>, entre as virtu<strong>de</strong>s reconhecidas pelas organiza<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> livroestá sua plurivocalida<strong>de</strong>, uma vez que “tanto los investiga<strong>do</strong>res como losrepresentantes <strong>de</strong>l grupo <strong>de</strong> estudio tienen una voz” (CHANEY, GARCIACASTRO, 1993, p.15) 26 .1.2 Balanço crítico <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s sobre serviço <strong>do</strong>méstico26 Adiante na seção "Problemas Meto<strong>do</strong>lógicos", refletimos sobre a plurivocalida<strong>de</strong> anunciadanesta obra

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