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universidade federal do rio grande do sul instituto de filosofia e ...

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48É com o argumento sobre <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> econômica que essas autorasjustificam o crescimento <strong>do</strong> serviço <strong>do</strong>méstico nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e suavariabilida<strong>de</strong> geográfica mundial. O aumento <strong>do</strong>s empregos <strong>do</strong>mésticoscoincidiu com o crescimento <strong>de</strong> mulheres da elite exercen<strong>do</strong> profissõesliberais ou administrativas, as quais retêm maiores possibilida<strong>de</strong>s paracomprar trabalho <strong>do</strong>méstico <strong>de</strong> outras mulheres (ver também COLEN, 1995).Sem menosprezar os avanços trazi<strong>do</strong>s pelos estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> gênero, quecontribuíram enormemente para o conhecimento sociológico, Milkmann,Reese e Roth realçam que, <strong>de</strong> certa forma, eles encerraram suas análises emsegmentações étnicas e <strong>de</strong> raça, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> um pouco <strong>de</strong> la<strong>do</strong> as<strong>de</strong>terminações <strong>de</strong> classe. Questões como a migração e raça são tambémlevantadas por esta pesquisa, confirman<strong>do</strong> os da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Judith Rollins (1990)sobre a preferência por criadas "<strong>de</strong> cor" e oriundas <strong>de</strong> outras regiões e paísespara realização <strong>de</strong>stes trabalhos. A participação <strong>de</strong> mães na força <strong>de</strong> trabalhoé outro fator arrola<strong>do</strong> na expansão <strong>do</strong> serviço <strong>do</strong>méstico. Mas é na análise da<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> econômica que, lançan<strong>do</strong> mão <strong>de</strong> uma comparação “macrosociológica",verificam que os mesmos traços <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> se repetem emdiversos países:Na Suécia, por exemplo, on<strong>de</strong> a distribuição <strong>de</strong> renda é muito maisigualitária <strong>do</strong> que nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e em muitos outros países <strong>de</strong>alto grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, o número <strong>de</strong> trabalha<strong>do</strong>ras<strong>do</strong>mésticas é mínimo. Em 1987, na Suécia, a parcela <strong>de</strong> rendaauferida pelos 10% mais ricos da população era <strong>de</strong> 2,7 vezes maior<strong>do</strong> que os 10% mais pobres, enquanto, nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, essaparcela era 5,9 vezes supe<strong>rio</strong>r aos mais pobres (MILKMANN,REESE, ROTH, 1998, p. 153).Enquanto os EUA empregam 1% da população feminina ativa no serviço<strong>do</strong>méstico, o Censo Nacional sueco <strong>de</strong> 1990 registrou o número absoluto <strong>de</strong>duas mulheres empregadas em serviços <strong>do</strong>mésticos.TABELA 2 Mulheres empregadas em serviços <strong>do</strong>mésticos particulares no <strong>sul</strong>da Califórnia – Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s – 1980/1990.ÁreaMetropolitana1980N.º <strong>de</strong>empregadas em% <strong>do</strong> total <strong>do</strong>emprego femininonessa ocupação1990N.º <strong>de</strong>empregadas em% <strong>do</strong> total <strong>do</strong>emprego femininonessa ocupação

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