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Brasil

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Helenismo, disperso por todo o Mediterrâneo, fazendo ao<br />

mundo de então, e ainda ao de hoje, uma incomparável<br />

irradiação de poder, indústria, espírito e moral, que<br />

conquistaram a terra. E, do Mediterrâneo, essa cultura<br />

transbordou e penetrou em continentes longínquos: antes de<br />

Alexandre chegar às Índias, traficantes gregos tinham chegado à<br />

China. Antes de os Cruzados nórdicos virem civilizar-se no<br />

Mediterrâneo, ao contacto do Império Cristão do Oriente, já<br />

Fenícios, Cartagineses, Gregos, Romanos tinham devassado o<br />

Mar do Norte, até a última Tule. O périplo de Hamon é meio<br />

circuito da África. Ofir ou Sofira, na Bíblia, é Sofala, na Índia.<br />

A comunicação fora acendendo pequenos focos de cultura,<br />

dispensando o prestígio político, tardio e ineficiente para tanto.<br />

A Europa conheceu o Oriente, que lhe veio, penosamente, pelas<br />

caravanas, da Índia ao Mediterrâneo.<br />

<br />

Conheceu a Europa, assim, as especiarias dos trópicos.<br />

Esse supérfluo tornou-se necessário. O clima ajudara a religião<br />

a vestir os homens e, demais, a evitar os banhos — Michelet<br />

pôde dizer, da Idade-Média: nem um banho, em mil anos! — E,<br />

no corpo não lavado e na roupa não mudada — a roupa branca<br />

interna, a camisa, começa a aparecer só depois de 1330 — as<br />

excreções fazem repugnância, incomodidade, repulsão. Os<br />

perfumes tropicais, sândalo, mirra, benjoim, incenso, misturas,<br />

essências, cânfora, tinturas, foram um alívio e um deleite. Com<br />

as essências e os perfumes, o suntuário que agrada à vista,<br />

tapetes, sedas, cetins, telas, damascos, jóias, porcelanas, mil<br />

objetos exóticos invadiram a Europa e tudo era “especiaria”.<br />

Mas, as dominantes, eram as do gosto. A Europa não<br />

aprendera ainda a sucessão sazonal das colheitas, nem tinha<br />

como guardar alimento, da estação calmosa para a estação fria.<br />

Por faltar forragem aos bovídeos, durante o inverno, eram<br />

abatidos, os mais deles, em Novembro, aos primeiros frios, em

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