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“flamengos”, não era grande a diferença; contudo, esse<br />
“patriota” não era brasileiro, pois que optava pelos intrusos. Em<br />
34, com Segismundo von Schkoppe à frente, tomaram a<br />
Paraíba. A 8 de Junho de 1635 é assinada a capitulação.<br />
Pernambuco, do Rio Grande do Norte ao rio de S. Francisco<br />
será holandês por 23 anos. Durara cinco anos, de 30 a 35, a<br />
conquista; até 53 irá a porfia para a recuperação.<br />
Matias de Albuquerque, vencido, retirou-se com os seus<br />
últimos fiéis para o sul sem se render: de caminho, tiveram<br />
ainda ocasião de proeza, vencendo, numa emboscada, o chefe<br />
flamengo Picard que entregou para cima de trezentos e oitenta<br />
soldados, mais de metade brasileiros... Entre eles, Calabar.<br />
Todos tiveram liberdade: apenas este “devia ficar à mercê<br />
d’el-Rei”. Foi enforcado e esquartejado imediatamente(2).<br />
Uma esquadra espanhola, nesse ano, desembarca em<br />
Alagoas 1.700 soldados, a mando de Dom Luiz de Rojas e<br />
Borja, que vinha render Matias de Albuquerque. Foram<br />
imediatamente derrotados, na Mata Redonda, por Artichofski.<br />
Morto o comandante espanhol, o Conde de Bagnuolo assumiu a<br />
direção das tropas que restaram, e recomeçaram as guerrilhas:<br />
nelas operaram feitos de valor o índio Felipe Camarão, o negro<br />
Henrique Dias, o branco Vidal de Negreiros, simbólicos heróis<br />
das três raças do país que já defendiam, com os Portugueses, o<br />
<strong>Brasil</strong>. Ainda outros guerrilheiros audazes não devem ser<br />
esquecidos: Dias de Andrade, Sebastião Souto, Francisco<br />
Rebelo. Isso era, porém, a guerrilha, a reação da impotência...<br />
Os Flamengos, traficantes, viram-se na contingência de<br />
organizar a pirataria em conquista, e a conquista em exploração.<br />
Para isso, era preciso uma organização de estado. Fizeram vir<br />
um príncipe da casa de Orange, o Conde João Maurício de<br />
Nassau, senhor esclarecido, soldado experimentado, humanista<br />
tolerante, que veio dar, à Colônia, organização, liberdade e<br />
justiça. Os portugueses e brasileiros têm o gozo de seus bens,